A SIDA é uma praga. Ninguém discorda. E muito justamente por todo o mundo se tenta descobrir formas de tratamento mais eficazes. É razoável pensar que mais dia menos dia haverá cura ou vacina.
A Malária por ano mata tanta gente ou mais que a SIDA, cerca de 3 milhões. Morre uma pessoa a cada 20 segundos, mais coisa menos coisa. E desde há 50 mil anos que infecta e mata, na maioria dos casos crianças com menos de 5 anos.
Não será estranho que uma doença com 50,000 anos seja ainda tão mortífera? Principalmente se compararmos com a SIDA, que com poucas dezenas de anos já está em regressão. E se não o está mais, é porque em África quem se infecta não é tratado. Os medicamentos são muito caros…
Mas se soubermos que nos últimos 25 anos, apenas 1% de todos os medicamentos desenvolvidos no mundo foram para tratar as chamadas doenças tropicais, entre elas a Malária., então compreendemos.
A Malária só terá cura, quando for uma doença americana ou europeia.
Quantas vidas cinzentas se perdem em manhãs anónimas como esta?
Entrou hoje em vigor um novo regime jurídico da adopção.
Consiste em escolher uma criança na rua e fugir com ela. Passados 2 ou 3 anos é sua. E os pais, se amarem realmente o filho ou filha, devem concordar e abdicar dela em favor dos raptores.
Isto em nome do famoso superior interesse da criança, claro está.
Se alguém me levasse a filha ia buscá-la, pela força se preciso fosse. E o gajo que a tivesse levado ia ficar com a cara boa para lavar pratos. Mas isto sou eu, um egoísta que se está marimbando para o stress emocional causado por a arrancar da casa onde teria sido criada.
depois
a respiração, os olhos, dedos e lábios.
Desvarios. E o sol.
Os dedos novamente, as pernas, a saia.
A garganta. Algumas lágrimas.
Desejos.