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Da cena dos duches ou Memórias de um dia de Inverno (apropriado num dia semi-quente)

Os meus duches são sempre infinitos e a ferver.

O infinito tem uma explicação. É a recusa inconsciente de ir enfrentar aquele mundo frio lá fora. Aqui está-se bem, no quentinho.

O quente pode ser o desejo, também inconsciente, do inferno. Afinal, as coisas boas passam-se lá, não é? O que me preocupa é acabar cozido. Penso no que acontece quando quero descongelar carne à pressão e a meto debaixo de água quente. Fica branca e esquisita. Será que vou acabar com o coração branco e esquisito?

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Day of the wacko

Sei que não convenço ninguém disso, mas é muito divertido. O filme.

Meu companheiro de jornada, construíste um casulo de manias, no sufocante ritual da vida quotidiana.
E mesmo que isso te faça enlouquecer mais a cada dia, construíste com cuidado a muralha desses rituais.
Contra os ventos, as marés, estrelas e sentimentos. Custou-te muito esquecer, a cada dia, a tua condição humana.
Hoje, o barro que te dava forma, secou. Endureceu. Nunca ninguém conseguirá despertar em ti
um astrônomo… um músico… um altruísta… um poeta… um homem. Quem quer que venha a habitar em ti.

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Ando a reler coisas que se diziam nos newsgroups, em 1996! Gostava daquilo, era mesmo um lugar de conversa e discussão. Às tantas estava-se a falar sobre o que era a simplicidade. E alguém disse que era escrever para ser compreendido e não para ser admirado.

Uma posta que atirei para lá e que relendo até faz sentido: A liberdade é também o direito ao esquecimento.

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É tudo uma questão de percepção

– Senhor dr. sinto-me tão mal…Tudo à minha volta gira e, para além disso, tenho aqui um ardor; arde-me o coração…
– Olhe, minha senhora em primeiro lugar não sou médico, sou barman. Em segundo a senhora não está doente, está bêbada e, em terceiro lugar, não lhe arde o coração. Tem a mama esquerda dentro do cinzeiro…

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