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Sol

O sol sou eu

Um gajo lembrou se um dia de dizer que o inferno são os outros.
E até ao fim dos seus dias teve que explicar que o queria dizer não era nada daquilo que perceberam

Não deixa de ter piada tentar vampirizar a cousa

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Filho da empregada doméstica Maria do Carmo do Nascimento, que fora abandonada grávida por seu primeiro namorado. Após os patrões descobrirem a gestação, demitiram-na. Maria do Carmo registrou o filho como mãe solteira. Mesmo muito pobre, tentou criar Milton, com ajuda de sua mãe, uma pobre viúva, também empregada doméstica, mas, ainda muito jovem, entrou em depressão e morreu de tuberculose antes de Milton completar dois anos. Milton ficou entregue aos cuidados da avó.

Milton NascimentoCaçador de Mim

Uma musiquinha tão nita e tal, e consigo estragar tudo com a história de faca e alguidar do nascimento do Nascimento.

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A bela da consolidação de quinta feira à tarde

Gosto de estar aqui sentado
a sentir-me entardecer

 

Não gosto
de quem fala naquele tom monocórdico de fazer adormecer os pássaros

 

Invejo
as gotas de suor que descem pelos peitos

 

Escrevo
Porque a fala não se compadece com a velocidade do pensamento
e não tenho como falar

 

O sol
só queima quem se quer queimar

 

Ai a porra do sol
o que acontece se der um beijo ao sol?

 

Senhor
Não me deixeis cair nas tentações em que não quero cair

 

Pergunte-se: És anormal?
tenho um feeling que a maioria diz que não porque não quer ser um freak

Pergunte-se: És normal?
tenho um feeling que a maioria diz que não porque não quer ser igual aos outros

 

Fama
Sempre preferi a pequena intimidade, à grande aclamação
Isto merecia mais, mas agora não dá

 

não percebo se é prazer se é sofrer
like two strangers turning into dust

Mazzy StarInto Dust

e em repeat, tipo radar

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Parvoíces consolidadas de quarta feira à tarde

Vou fazer uma experiência
Se não disser nada, até onde me enches o copo?

 

Dava jeito ter um gravador de pensamentos

 

Até a vingança
sirvo quente

 

Que fazer?

 

Ai liberdade
doce liberdade

sou teu

 

Vade retro Satanás
afastai o ridículo que há em nós

 

Gosto de quem corre ao sol

 

Até que as unhas me caiam
há coisas que não faço

senão para que quero as unhas?

 

Se não aproveitar quando posso
é quando não posso que vou aproveitar?

 

Será que a malta ainda não percebeu?

Que nunca vamos vencer a máquina?

E que quem domina a máquina, nos domina a nós?

a malta ouve, mas não escuta

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Escorrimentos dum fim de tarde ao sol

A relação que temos com a terra não pode ser de amizade. A roupa e os sapatos servem para nos isolar do chão e ar que incomodam. Se gosto não quero trapos no meio. No que escolho é para estar sem nada.

Sei que toda a gente sonha. Se sonharem como eu sonho (que não é demais) como cabem esses sonhos todos dentro do mundo?

Abomino as relações virtuais com gente que se finge conhecer.

A amplitude do balançar dos braços tem a ver com amplitude do andar? Ontem vi uma mulher que não mexia os braços. É que ela mesmo assim, andava. Muito estranho.

Quero estar ao sol. Mesmo que não faça porra nenhuma, é melhor estar ao sol.

Há as coisas que percebo, há as coisas que não percebo e há as coisas que não quero perceber. Dizem que no meio é que está a virtude. No meio ...

Entre ser a rainha da Roménia e a doninha da Doménia vou para casa da Laura.

De manhã nasço. À noite o meu epitáfio diz sempre o mesmo "Até amanhã".

Hoje fiz algumas coisas pela primeira vez este ano. Mesmo sem querer pensei se seria tarde ou cedo.
Alguém inventou os meses e os anos, que só existem porque a gente lhes obedece como se fossem feitos de pedra.

Já um maluco ou outro se deve ter posto a contar os grão de areia que há na praia. Eu não conto porque não me serve para nada.
Há muitos malucos que todos os dias contam os dólares que há no banco. Eu não conto porque não me serve para nada.

Não há pretendente a poeta que não tenha escrito sobre a maravilha do mar e do sol. Então qual é problema do aquecimento global? É mais sol e mar. O que me chateia mesmo é o arrefecimento global.

Só gosto do que é grande dentro do que é pequeno. Do que se vê no que não se vê. As grandezas insufladas de ar são o tédio.

A UE já deve ter definido bem o que é uma unidade, não? Uma uva não pode ser do tamanho que quiser, sob pena de deixar de ser uva.
Já as casas podem variar mais. Os humanos são mais desmedidos que a natureza. E o amor? E o ódio? Quanto mais humano menos tamanho tem.

Haverá outra espécie animal que viva em sociedade com tanto cuidado para não se tocarem entre si?
Na praia a toalha tenta-se que fique o mais afastado possível de todos as outras. No metro, na rua, no trabalho o toque não é coisa bem vista. Mas consta que somos um animal social.

Tenho o rantanplan à minha frente. Passou-lhe um saco por cima. O saco seguiu e quando já ia a perder de vista o rantanplan levantou devagar a cabeça para ver o que se passava.

O ícaro era mesmo burro. Não se estava mesmo a ver. Se já daqui arde como arde...

Nunca fiz um cruzeiro. Por vezes quase que me deixo convencer. Depois vejo passar estas cidades sobre águas. Milhares de janelinhas aritmeticamente alinhadas. Buracos para humanos. Isto não é o mar.

Já repararam nos pombos a andar? São mesmo desengonçados. Ora se os pombos são o símbolo da paz, será que estamos a dizer que a paz é desengonçada?

As flores, sejam de estufa ou não, precisam de estrume. Mas todos querem ser flor e poucos ser estrume.

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