passado e futuro
existem na medida em que alimentam o presente
esse momento fugidio
Oh, Sinnerman, where you gonna run to?
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais
gosto disto pelo motivos menos óbvios, admiro quem faz o que não se vê
quando era puto a malta que levava saco ou mochila para a praia, procurava que a mochila fosse gira e com estilo
havia um gajo que levava as coisas num saco do pão do acúcar, se fosse preciso com buracos
todo ele era desprendimento
mais tarde apercebi-me que não era desapego, era pose. o saco do pão de acúcar era para ser visto
a preocupação pelo estilo era igual
neste video, para além do punho erguido
gosto de coisas como ele se desencontrar da própria sombra
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
No princípio criou Deus o céu e a terra. E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher.
E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
Vinha a ouvir no rádio uma fulana a dizer que não tinha ficado não sei aonde porque lá havia tantos músicos bons que ia ser só mais uma.
Isto revela muita coisa. Primeiro uma coisa que não percebo, esse desejo quase doentio da fama, do destaque. Que não pode ser confundido com o desejo de não ser ignorado, de não ser invisivel.
Uma coisa é não querer estar isolado ou excluído, que é natural e possível para todos sem excepção.
Outra é o desejo competitivo de ser reconhecido mesmo por pessoas que nem sabe que existem.
É absurdo, bizarro e inumano no que temos de maravilhoso, a solidariedade.
Porque não sou o único a olhar o céu.
E não sou só mais um. Sou ainda mais um.