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Ruy Belo

Aquele grande Rio Eufrates

Todos os dias são poucos para chorar o homem
embora ele chame em seu auxílio as árvores

Olhai que bem nos fica andar na rua
pelo braço de alguma ideia respeitável
ousada sem excessos devidamente garantida

pelo sexo que trouxe até nós que fomos no princípio
apenas dois

Vejo-te então
preparada e tensa como um arco
e a inclinação com que solícita me atendes acompanha
a forma leve e sinuosa do que temos a dizer
Tão fresco é o teu riso
que quase te direi recém-nascida

Nascemos e morremos e nada acontece
da primeira à última palavra sempre que entre nós falamos
Não há ideia que não puxemos para de baixo do sol

Vai funcionário arranjado e composto inaugurar o teu dia
com prateleiras para todas as ideias
por estas ruas que começam a movimentar-se

É inútil repito. As ruas da cidade
de tão orientadas não vão dar ao coração
Os versos que erguemos ao longo dos passeios
coagularam em ilhas que a indiferença
rodeou de silêncio e ao roçar o asfalto
até adquiriram seguras cotações

O nosso deus é um deus ofendido

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quarenta e sete e um

 

Naquele dia a morte instalou-o
confortavelmente no céu. Lá se foi
com seus modos humanos, seus caprichos
e um notório acanhamento em público
(há-de a princípio faltar-lhe à-vontade entre os anjos).

 

Acho mais graça às redes pessoais que às redes sociais.
Estou nas redes sociais para não ser um primata.
Mas estou com a falta de à-vontade natural nos primatas.

 

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Sad Water

Naquele dia a morte instalou-o
confortavelmente no céu. Lá se foi
com seus modos humanos, seus caprichos
e um notório acanhamento em público
(há-de a princípio faltar-lhe à-vontade entre os anjos).

Zita SwoonSad Water

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