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Sol

Ai o amor e as imagens de ti

Se alguma vez, nos salões de um palacio, sobre a erva de uma vala ou na solidão morna do vosso quarto, acordardes de uma embriaguez evanescente ou desaparecida, perguntai ao vento, a vaga, ao passaro, ao relogio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento a vaga, a estrela, o passaro, o relogio, vos responderão: São horas de vos embriagardes! Para não serdes escravos martirizados do tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem cessar!
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha. Mas embriagai-vos! Deslumbrai-vos!

O que o gajo queria dizer, e disse bem, é ama, goza cada coisa, apaixona-te, vive, sente, põe a porra do coração a mexer.
É tão bom. Desculpem a falta de estilo. Quero lá saber se canto desafinado.
Canto. É o que importa.

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Pequena crónica pós-almoço

No regresso de almoço, resolvi virar onde nunca viro. Faço isso quando tenho tempo.

E dei com um miradouro e anfiteatro que não vem em nenhum roteiro da cidade de Lisboa.

Nisto vejo um pedaço de mato a arder, e a crescer muito rapidamente.
Ligo para o 112, preocupado. Que aquilo fica a 50 metros de casas, tanto dum lado como de outro.

Há alturas em que cada segundo parece uma eternidade.
Não sei quanto tempo tocou, mas foi mais do que devia.
O 112 não deve tocar e muito menos um minuto ou dez, ou seja o que for.

Cumprido o dever cívico, fui cumprir o dever jornalístico. Fazer estas fotos e videos.

O melhor disto tudo? O povo, e o gosto de falar.

É fogo posto, já se sabia claramente. Mais engraçado ainda, é ter sido eu a deitar fogo ao mato.
Que me tinham visto ali à volta a tirar fotos antes do fogo começar.

Se me forem ver à prisão gosto de petiscar queijo e vinho branco bem fresco.

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Quase que cortava o cabelo

As coisas inacabadas e por fazer geram ansiedade.
Assim tento (ênfase no tento) lidar com tudo o que me chega ás mãos imediatamente.
Se depender de coisas futuras e não poder resolver logo, ponho a data em que vou poder avançar e até lá esqueço o assunto.

Assim apesar não estar feito, não fica nas preocupações.
Pensar numa lista enorme de coisas que se tem por fazer, gera ansiedade sem grande proveito.
Que é o que acontece se pura e simplesmente atirarmos tudo para uma pilha de coisas para fazer.

Há quem use outra estratégia. Não fazer nada do que têm que fazer e não se ralar absolutamente nada. Ainda não descobri como se consegue isso.

Procurei alguma lógica ou associação para escolher esta música, mas não encontrei nenhuma para além de me ter lembrado dela.

Crosby, Still, Nash & YoungAlmost cut my hair

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