Que amor não me engana
Com a sua brandura
Se da antiga chama
Mal vive a amargura
Duma mancha negra
Duma pedra fria
Que amor não se entrega
Na noite vazia?
E as vozes embarcam
Num silêncio aflito
Quanto mais se apartam
Mais se ouve o seu grito
Muito à flor das águas
Noite marinheira
Vem devagarinho
Para a minha beira
Em novas coutadas
Junta de uma hera
Nascem flores vermelhas
Pela Primavera
Assim tu souberas
Irmã cotovia
Dizer-me se esperas
Pelo nascer do dia
Mensagem dentro do ovo da galinha: Vê a tua vida sem teres que sair da casca
Mensagem do google street view: Viaja sem ter que sair do sofá
etc etc

O problema do mundo é que os estúpidos estão cheios de certezas, e os inteligentes de dúvidas.

Muito além, depois das casas, o último
marinheiro continua sentado.
Os seus cabelos são brancos, pouco a pouco.
Aqui, tudo se resume a algumas tâmaras que
secaram ao sol,
longe do orvalho,
das fontes que pareciam nascer de um olhar
turvo sobre a sede da terra.
Lembro-me sempre de ti.

Para rematar um doce. Perdão, uma tosta mista.
Estes são os mistérios da natureza, porque é que gosto tanto desta música, e não de outras
Porque é que sinto o que sinto quando a ouço, que reacções físico-químicas acontecem na minha cabeça?
E porque acontece comigo e não com outros? Onde anda a ciência quando a gente precisa dela?
Sei que rumo esta conversa iria levar, vou mas é trabalhar
rima e é verdade
Penso muito no que disse e na forma como chegará aos outros. Ainda bem que infelizmente o faço.
Por vezes resulta em apagar o que acabei de escrever.
Admiro a sensatez dos sensatos e a imprudência dos imprudentes. Gosto da cautela e da loucura.
E agora? Apago tudo ou não?
O segundo rascunho foi uma surpresa. Páginas e páginas de desvarios com uma ou duas linhas.
Pensei publicar tudo, mas reconsiderei.