Há coisas más que duram. São péssimas.
Há coisas más que não duram. São más.
Há coisas boas que não duram. São boas.
Há coisas boas que duram. São excelentes.
Ontem diziam-me que é hora de trocar de carteira.
Uma pequena bolsa de pele que tenho há mais de 20 anos para guardar os cartões, e que está em ótimo estado. Escusado será dizer que gosto dela.
Não sei se o Freud explica esta febre do novo pelo novo. A música nova, os filmes novos, as carteiras novas.
Os reels, os shorts, uma vaga incessante de coisas novas de mais do mesmo.
Alguém deve ter explicado, via das dúvidas tenho a minha teoria.
Uso pouco o telefone e talvez o que se segue seja culpa minha
Quando peguei nele, a primeira cousa com que levei no toutiço foi porem-me a par da última novidade:
Use the power of AI to… já nem vi o resto
Em baixo um botão para me levar a escrever um poema sobre bing
Quem faz os famosos algoritmos com base em espionagem vê os friends. É enternecedor.
Pensei: puta que os pariu. Sim, porque sou um cavalheiro.
Só queria pesquisar algo que já nem sei o que era.
Decidi ir desbundar no blogue (e aqui estou 🙂 )
Pimbas levo com os benefícios e inevitabilidade de usar o jetpack
Puta que os pariu vezes dois. Não viram o que aconteceu com o spacex?
Larguem os jatos, quero por força ir de burro
e a mim nada se recusa
Nisto o telefone desconfia que não vou à bola com opiniões de máquinas e saca de outra carta. Pede autorização para usar o microfone.
Náá, uma coisa é não bater bem da bola outra é pôr-me a falar com máquinas, neste caso o telefone.
Não sei bem definir o que é ser humano, mas não posso perder mais esse valor, o da humanidade.
O que nos distingue dos bichos. E das máquinas.
Desafio qualquer bicho ou máquina a desfiar tanta parvoíce com um fundo de lógica como esta.
Por isso não há maravilha maior que um homem quando é homem.
A não ser a mulher.