e também não sei tudo isto estas coisas, pessoas, paredes e tudo. não sei. não sei nada disto.
sei que ando que andas por aqui. e que sou que és mais uma coisa que não sei.

Tudo o que faço parece escrito na areia, nem vale a pena fazer, para quê? Amanhã já ninguém liga nenhuma. Nem eu.
Há pessoas que parece que escrevem as coisas em pedra. Passado tempos e tempos ainda andam sempre com as mesmas histórias. Sempre a repisar a mesma coisa.
Gosto de escrever na areia as coisas da vida. No dia seguinte arregalo os olhos pelo prazer de poder repintar refazer como me apetecer. Um dia novo todos os dias. Para lhe fazer o que me der na gana.
De vez em quando relembro todos os bons momentos que tive ao longo dos tempos. Estão gravados na pedra mais inquebrável que há. Nunca os esquecerei. Sou eu que estou ali.
Basta sair à rua. Nove em cada dez mulheres têm os pezinhos mais ou menos ao fresco. Nove em cada dez homens têm os pés encafuados e fechados a sete chaves.
Será que são feios? Será que têm um segredo? O que se passa com os pés dos nossos gajos? Hã?

mesmo a raiva. mesmo as lágrimas. mesmo os olhos.

(já tentei passar uma lei decretando que quem só se alimentar pela boca seja deportado para o norte da Suazilândia)
quais são os ingredientes do amor?
de que precisa uma paixão? quase nada.
