os dias do absurdo
assim que abro os olhos começo a não compreender
nem no acordar encontro sentido
para além do mero acaso
e do esperado
assim que abro os olhos começo a não compreender
nem no acordar encontro sentido
para além do mero acaso
e do esperado
Que é da essência do homem que não muda? A malta fala do progresso e tal.
Mas o homem, o que somos, não mudou nada.
Isto foi escrito há centenas de anos, mas podia ter sido escrito hoje.
Assim nos traz a mudança
De esperança em esperança
E de desejo em desejo.
Mas em vida tão escassa
Que esperança será forte?
Fraqueza da humana sorte,
Que quanto da vida passa
Está receitando a morte!
uma hora por dia frente ao mar devia fazer parte do plano nacional de qualquer coisa
Antes: comer na adega dos passarinhos sentado numa saca de batatas
Agora: comer a adega com batatas a pensar em passarinhos
A adega dos passarinhos ainda existirá?
Se fosse gaijo de filosofar perguntaria,
o eu que era eu, sentado numa saca de batatas,
é o eu que sou eu, a sonhar com passarinhos?
Resumindo, o que sou do que era? dando como certo que ainda sou eu.
É uma pergunta muito gira, que se pode perguntar de muitas formas, o que é eu?
É que ainda sou eu, mas já não sou o que era 😀
E isto tudo por causa do musgo.
andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar perder andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar lírio andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar andar