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um dia como outro

Estava um homem parado num passeio, quando foi abordado por quatro policias.

Ao tirar a carteira do casaco para se identificar, os quatro policias dispararam quarenta e uma vezes sem aviso.

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o homem era negro.
morreu.

A investigação da policia concluiu que qualquer policia razoável agiria da mesma maneira.

O tribunal absolveu de todas as acusações todos os quatro policias.

cuspir contra o vento

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Ódios de estimação

O que se odeia prende mais do o que se ama.

Mais depressa se escreve uma carta de reclamação quando somos mal servidos, do que de agradecimento quando está perfeito.

E digo isto porque estive a ver o governo sombra, e duma ponta á outra só houve dois temas: a pandemia e o ventura.

A pandemia compreende-se, está num ponto que não se pode ignorar. Agora a outra coisa é relevante? 1% dos votos merece 50% da atenção?

Nunca ouviram dizer que não há má publicidade? Só há ter ou não publicidade. O perigoso é ser ignorado e desaparecer.

Nunca ouviram dizer que o ódio mata por dentro? É um circulo vicioso quanto mais cresce mais preocupa, quanto mais preocupa maior ele é.

Dizem-se alarmados com o crescimento do chega, depois dão-lhes horas e horas de tempo de antena em horário nobre. Liga-se a tv e estão a falar do ventura, abre-se o jornal e lá está o ventura.

Tornam o homem importante, e depois afligem-se com a importância que tem. O gajo não tem nada para dizer ou propor, para além de bocas que se ouvem em qualquer café. É deixá-lo lá no café a barafustar.

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