Quem conta?
Todos sabem que os políticos têm um discurso publico e um privado. Chamo a isso mentir. Há quem tenha definições mais simpáticas e justificações para tal.
Aqui um exemplo de discurso privado: que é melhor rebentar barragens e afogar 200.000 pessoas do que lançar uma bomba atómica, para não ficar com a imagem de carniceiro. Uma bomba atómica não se pode esconder.
E dizer com as letras todas que se está nas tintas para os civis que morram naquele pequeno país merdoso. É preciso ganhar a guerra.
Daniell Ellsberg passou para a imprensa um dos relatórios que tinha a verdade que o povo americano não sabia, os Pentagon papers. Foi acusado de crimes com pena de 135 anos de prisão e puseram os “canalizadores” (mais tarde também usados no Watergate) a tratar dele. Para além da campanha na imprensa a colar-lhe a imagem de anti-americano que ajuda o inimigo, até os seus médicos assaltaram para descobrir coisas contra ele.
Ellsberg pensou que quando se soubesse das mentiras e encobrimento para prolongar a guerra, as pessoas se indignariam e teria que acabar. Aconteceu o contrário, ganhou as eleições seguintes com facilidade e a guerra continuou.
Quando é que Nixon se lixou? Quando mandou os “canalisadores” espiar outros políticos.
Conclusão:
Mentir e esconder informação que resultou na morte de 2 milhões de pessoas: Ok, pode ser
Espiar o partido concorrente para ganhar as eleições: Escândalo, destituído