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Uma coisa com rima no principio e sem a partir daí

Enquanto esperava pelo melão,
cheguei a uma conclusão.
Rima, deve ser verdade.

Tenho que me livrar desta ânsia da utilidade, que as coisas têm que servir para alguma coisa, senão não servem para nada.

A subtileza que muitas vezes me lixa é a noção que uma coisa é tanto mais útil quanto mais durar, ou a mais pessoas chegar.
Um saramago chegou a muita gente, é importante. Escrever aqui é insignificante.

Ninguém se sente bem com a insignificância. Ora, é impossível todos chegarmos a todos. E é por muitos tentarem, que somos hoje em dia soterrados com mais e mais coisas. Noticias, musicas, escritos, filmes, tudo. Somos bombardeados com mais coisas do que jamais seremos capazes de absorver.

Resta-nos uma escolha.
Entrar nesta luta insana para chegar a mais e mais pessoas. Que isso nos trará satisfação e essa coisa indefinível: felicidade.
Ou então, conseguir enfiar na cabeça que essa tal felicidade não é coisa que se meça. E obtê-la das pequenas coisas sem importância e que não significam nada.

Há uma terceira via. São aqueles momentos em que todo o mundo é uma pessoa. E ser importante para essa pessoa é melhor do que tudo o que se possa desejar.

É por isso que a vida sem amor é difícil demais para merecer ser vivida.

E a culpa disto tudo é do melão.

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O não coronel Sanders sobre as generalidades

Na generalidade, é claro, [as pessoas] representam o papel que a sociedade espera delas: casam, trabalham, têm filhos, fundam um lar, votam, tentam mostrar-se perfeitas e respeitar as leis. Mas cada uma delas – homens, mulheres, crianças – possui uma vida secreta da qual raramente falam e que quase nunca chegam a revelar. E esta vida secreta, para cada um de nós, encontra-se povoada de fantasias ardentes, necessidades incríveis e desejos sufocantes Que não são vergonhosos em si, mas que nos ensinaram a considerar como tal…

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Hoje a caminho do trabalho, cruzei-me com um daqueles gajos que usam as calças não abaixo do cinto, mas abaixo das cuecas. Para aquilo não lhe cair tudo andava assim com as pernas meio abertas, meio desengonçado. Parecia que se estava a desfazer. Aquilo não pode ser confortável.

A minha filha às vezes também fazia uma coisa parecida. Tirava as calças e depois vinha mostrar-me, olha pai não tenho calças! Tinha 5 anos, compreende-se.

Um adulto andar na rua tipo “olhem, tenho as calças a cair” já se compreende menos. E eu, confesso que não percebo.

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De vez em quando almoço na cantina do lx factory. No verão é carradas de estética e regos do (piii). No inverno continua ter carradas de estética e expressões tipo “criatividade marca branca”.

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