ia deitar fora LPs que tenho guardados
ao pegar neles alguns que estão ligados a momentos da minha vida despertaram-me essas memórias
a primeira reação foi pensar em não deitar fora, não querer perder as memórias e o passado
o sentimento de perda, seja do que for, é dificil para os humanos
depois começaram as perguntas
a ligação fisica é necessária? o pegar no Lp fisico desperta uma emoção muito mais forte do que ouvir um mp3 com a mesma capa?
estou mesmo a perder alguma coisa?
o que sou hoje é o resultado das minhas experiências anteriores.
elaborar sobre isso é tão interessante como elaborar sobre o sol nascer. é assim, e pronto.
relembrar ou reviver o passado, é uma história completamente diferente
estaremos a hipotecar ou a substituir o futuro?
ou a usar o passado para melhorar o que aí vem?
porque não viver no passado em vez do futuro?
é melhor parar por aqui e ir trabalhar, senão o futuro do final do mês pode ser chato 🙂
(resumindo para despachar, as memórias servem para quê?)
Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na Deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o Amor tem asas de ouro. Ámen.
Uma reta pode ser um caminho
Se tiver curvas pode ser um caminho mas não é uma reta
Uma mulher com curvas não é uma reta e não faço ideia se é caminho
Um caminho com uma mulher não é certamente uma recta
A Mafaldinha é conhecida como Mafalda, a contestatária.
Ficava melhor Mafalda, a perguntatária. Ela não faz mais que perguntar e perguntar-se perguntas irreverentes.
O que há de mais revolucionário que a pergunta, que a incerteza?
Ainda mais hoje. Que temos programas dedicados a esclarecer o que é a verdade, os poligrafos. Onde se censura, apaga e se criminaliza a mentira. Onde os medias já não fingem imparcialidade, e declaradamente tomam o partido da verdade e do bem.
Como conciliar isto com o facto do bem de um, ser o mal de outro? O que é para mim é verdade, é mentira para outro.
Quantas vezes descobri ou achei ser mentira, o que ontem achava ser verdade? E sabe-se que uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade.
Haverá uma explicação, existe agora a boa musica de que todo o mundo gosta, e pode-se com segurança destruir a má musica e prender quem a ouça.