do lado de quem lê, já se morreu e foi para o céu ao fim das duas linhas, que interessam as outras oito?
o lado de quem escreve, o tal prazer será de as pensar ou de as escrever?
se de as pensar, pode-se poupar o trabalho de as escrever
se é de escrever, até se pode entreter a escrever a lista telefónica
Acontece bastante não haver afinação de interesse entre aquilo que se gosta e se quer escrever, e o que os outros gostam de ler. Também nessa medida de que falas.
Há assuntos sobre os quais temos de pensar e escrever, sem ponta de prazer. Alguns têm até a ver com o seu contrário.
Pode haver prazer em registar a memória de um pensamento e trabalhá-la através da palavra escrita. Não creio que a lista telefónica funcione nesse sentido; para treinar a memória e a caligrafia, talvez.
(Às vezes também acontece perceber-se melhor as duas que nos matam, e senti-las como tal, depois de se lerem as outras. Mas não estou a defender que os textos devem ser longos ou curtos. Há de um e outro tipo, bonitos e sem interesse.
É a beleza que deve estar presente.)
Um prazer meu é lançar um pouco de confusão na planície 🙂
tenho dificuldade em puxar para qualquer lado, porque não tenho muitos lados.
E porque tudo o que dizes é verdade, e o seu contrário também.
Pode ser pelo prazer, e este ‘faz-se’ muito de repetição. Existe uma associação entre esse motivo ou razão e os mecanismos mais básicos do prazer.
e serve para quê, o prazer?
Para nos sentirmos bem.
do lado de quem lê, já se morreu e foi para o céu ao fim das duas linhas, que interessam as outras oito?
o lado de quem escreve, o tal prazer será de as pensar ou de as escrever?
se de as pensar, pode-se poupar o trabalho de as escrever
se é de escrever, até se pode entreter a escrever a lista telefónica
Acontece bastante não haver afinação de interesse entre aquilo que se gosta e se quer escrever, e o que os outros gostam de ler. Também nessa medida de que falas.
Há assuntos sobre os quais temos de pensar e escrever, sem ponta de prazer. Alguns têm até a ver com o seu contrário.
Pode haver prazer em registar a memória de um pensamento e trabalhá-la através da palavra escrita. Não creio que a lista telefónica funcione nesse sentido; para treinar a memória e a caligrafia, talvez.
(Às vezes também acontece perceber-se melhor as duas que nos matam, e senti-las como tal, depois de se lerem as outras. Mas não estou a defender que os textos devem ser longos ou curtos. Há de um e outro tipo, bonitos e sem interesse.
É a beleza que deve estar presente.)
Um prazer meu é lançar um pouco de confusão na planície 🙂
tenho dificuldade em puxar para qualquer lado, porque não tenho muitos lados.
E porque tudo o que dizes é verdade, e o seu contrário também.