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6 comments

  1. Pode ser pelo prazer, e este ‘faz-se’ muito de repetição. Existe uma associação entre esse motivo ou razão e os mecanismos mais básicos do prazer.

    1. e serve para quê, o prazer?

    2. do lado de quem lê, já se morreu e foi para o céu ao fim das duas linhas, que interessam as outras oito?

      o lado de quem escreve, o tal prazer será de as pensar ou de as escrever?
      se de as pensar, pode-se poupar o trabalho de as escrever
      se é de escrever, até se pode entreter a escrever a lista telefónica

      1. Acontece bastante não haver afinação de interesse entre aquilo que se gosta e se quer escrever, e o que os outros gostam de ler. Também nessa medida de que falas.

        Há assuntos sobre os quais temos de pensar e escrever, sem ponta de prazer. Alguns têm até a ver com o seu contrário.

        Pode haver prazer em registar a memória de um pensamento e trabalhá-la através da palavra escrita. Não creio que a lista telefónica funcione nesse sentido; para treinar a memória e a caligrafia, talvez.

        (Às vezes também acontece perceber-se melhor as duas que nos matam, e senti-las como tal, depois de se lerem as outras. Mas não estou a defender que os textos devem ser longos ou curtos. Há de um e outro tipo, bonitos e sem interesse.
        É a beleza que deve estar presente.)

        1. Um prazer meu é lançar um pouco de confusão na planície 🙂
          tenho dificuldade em puxar para qualquer lado, porque não tenho muitos lados.
          E porque tudo o que dizes é verdade, e o seu contrário também.

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