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Olha para uma pessoa
Sem fazer nada, quieto

Observa a reação:
Rearranjar roupa ou cabelo
Pegar num objeto qualquer que esteja ali à mão
É o poder da mente de gerar movimento

É claro que há sempre um que diz “Tás a olhar pra quê, ó caralho”?
Como a experiência não tem uma alínea para isto, o final também não.

4 comments

  1. Olhar de forma insistente para alguém que não se conhece costuma causar desconforto porque é tido como intrusivo. (Às vezes também é sentido assim por alguém que se conhece.)
    Mesmo quando a intenção é manifestar um interesse especial ou fazer notar que se reparou em algo na pessoa, deve-se “olhar com elegância”. Pelo menos eu aprecio isso: é até um aspecto que conta bastante para a “leitura” que faço da pessoa.

    1. Um olhar que não seja casual quase sempre gera desconforto, quer se conheça ou não

      “Mesmo quando a intenção é manifestar um interesse especial ou fazer notar que se reparou em algo na pessoa”

      Quem é que não gosta de ser notado, de despertar interesse? E quando acontece gera desconforto.
      Não é giro? 😀

      Compreendo e sei, que se pode e deve fazê-lo com elegância. Mas não deixa de ser verdade que a elegância consiste em disfarçar e atenuar.

      E que só é deselegante por causa do tal desconforto cuja explicação que tem pano para mangas.

      1. “Quem é que não gosta de ser notado, de despertar interesse? E quando acontece gera desconforto.
        Não é giro? 😀”

        Não gera desconforto e é muito agradável quando o olhar diz com subtileza “reparei / gostei”, em que ambos percebem que viram/foram vistos e fazem-no notar com reserva e discrição.
        Se fosse coisa de se medir, diria que essa subtileza desejável (para mim) pode estar a escassos milímetros da grosseria.

        1. “essa subtileza desejável pode estar a escassos milímetros da grosseria”

          pois é verdade, há uma linha por vezes muto fina, entre o que é ou não aceitável

          lembrei-me dos treinadores de futebol que de um dia para o outro passam de bestiais a bestas

          o que torna os dias mais interessantes e desafiantes, é que as linhas que cada um traça não são medidas com régua e esquadro

          é medido a olho, e depende da disposição com que se está, do local, da hora e do ambiente

          mesmo quando a linha é cruzada, a tolerância que temos também varia

          E isto é para uma única pessoa. O melhor é nem pensar nas diferenças de linhas entre pessoas 🙂

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