“Desfaz a mala feita pra a partida ! Chegaste a ousar a mala ? Que importa ? Desesperar ante a inda Pois tudo a ti iguala. Sempre serás o sonho de ti mesmo. Vives tentando ser, Papel rasgado de um intento, a esmo Atirado ao descrer.
Como as correias cingem Tudo o que vais levar! Mas é só a mala e não a ida [?] Que há de sempre ficar !
Pousei as malas carregadas de escombros de mim mesma…. Despi a roupa imunda que estava de outros passados…. Olhei-me nua… senti-me leve…. E assim lavada de outros tempos… perfumada de futuro….. parti leve…
pousar as malas do pensamento e da pele…e renascer no lugar que já tinhamos reservado…
(se eu pudesse, e já…)
Abandonei no esquecimento o gesto que profundamente nos tocava…
Leve/livre?
Um beijo
“Desfaz a mala feita pra a partida !
Chegaste a ousar a mala ?
Que importa ? Desesperar ante a inda
Pois tudo a ti iguala.
Sempre serás o sonho de ti mesmo.
Vives tentando ser,
Papel rasgado de um intento, a esmo
Atirado ao descrer.
Como as correias cingem
Tudo o que vais levar!
Mas é só a mala e não a ida [?]
Que há de sempre ficar !
(Fernando Pessoa)
Pousei as malas carregadas de escombros de mim mesma….
Despi a roupa imunda que estava de outros passados….
Olhei-me nua… senti-me leve….
E assim lavada de outros tempos… perfumada de futuro….. parti leve…