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5 comments

  1. Too fast. I’ve been drinking wine


    1. à nossa! 🙂

  2. O que me fez lembrar primeiro: “2001 – Odisseia no espaço”, que volta ao cinema 50 anos após a estreia (2 Abril 1968) e o Rali de Portugal (os 50 anos foram há pouco tempo; a primeira edição foi em Outubro de 1967).

    1. O primeiro e último filme de realidade cientifica 🙂

  3. Mas hoje são os 80 de Fiama.

    Sumário lírico

    Nesta janela de ver passar os barcos em vidraças,
    começo devagar a reescrever o mundo quedo
    que é o único que conheço e vivo, sei e de cor vejo.
    Ninguém me deu outras formas que não minhas
    mas deram-me todos juntos o cerne das palavras.
    Reescrevo-me a mim própria sem outra alternativa.
    E recordo-me dos outros de fora da vidraça, mudos
    mas autores cada um no seu frasear, generosos
    quando me reconheciam em muitos anos de vida.
    Devedora sou, mesmo dos idos, de exangues vozes
    caladas para sempre nos livros em que as lera.
    Em tantas vidraças que espelharam caras, olhos
    de cada olhar de imagens próprias de cada um.
    Estava no longínquo fundo o mar redito, o sol,
    os barcos na Barra, que também em vidros estavam.
    Passa tu, golfinho, piloto cego, depois cadáver,
    que talvez me conduzisse entre os barcos da Barra,
    quando o dorso de prata e o gume passavam
    nas horas visuais das manhãs de Junho e Julho minhas,
    de par em par o olhar aberto ao ar do sol do sal.
    Imagens que sempre ficais nestas vidraças,
    emprestai vosso vidro e revérbero à luz
    do farol extinto, em outras vidas que antes
    narravam que eu era já nascida,
    quando vos vi, farol, e vos guardei, imagens.
    A cor de prata dos vultos é hoje negra, manchas
    com a noite embebida, tantas vezes co-substancial.
    É assim que a vidraça anoitece diante dos olhos,
    diariamente somando anos, minutos indivisos.
    Mas, cisco no vidro, pela lei da perspectiva, ponto.

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