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5 comments

  1. Por coincidência´, há poucos minutos num comentário de outro wordpress citei uma frase que agarrei há dias ao reler “Era de noite, meu amor”, do Vasco Graça Moura. Ei-la: “A nossa liberdade está no que decidimos fazer com o que nos acontece.”
    O VGM, não foi apenas bom poeta.
    Acho que em poucas palavras definiu muito bem a liberdade e remete também para o conceito do seu oposto.

    Assim, no meu entender a liberdade de ser parvo existe.
    Mas, mas… se a parvoíce provoca danos graves nos outros, a conversa já é outra. E até já nem estamos no domínio da liberdade.

  2. Claro que existe! se a pessoa que exercer essa liberdade não for parva. Porque se o for, então é muito , mas muito perigoso ou perigosa

  3. Corrijo o título do título que citei: “Meu amor, era de noite”.

  4. Não é socialmente aceitável descriminar em função do sexo, raça, aparência física, etc.
    Pode-se não contratar uma pessoa por ser feia ou preta, mas não se pode admitir que a razão seja essa.

    Quem tenha deficiências físicas tem apoios e ajudas para compensar essa desvantagem.

    Mas quem é burro todos os dias, não tem apoio nenhum. É até considerado correcto desvalorizar quem tenha falta de inteligência.
    Na sua essência, não percebo porque há-de a falta de QI ser diferente da falta de uma perna.

    A Meritocracia está tão enraizada em nós, que ninguém a questiona.

  5. A meritocracia tem sido questionada, mais através da falta de aplicação. Talvez vá dar no mesmo. E tenho a sensação que não tem sido suficientemente questionada.
    Mas a sua aplicação não tem que ver com o arrumar com a pessoa, chutar para o lado como se fosse lixo.
    Na minha opinião todos temos aptidões para algumas coisas. Mas por muito multifacetados e por muita polivalência que incorporemos, não somos razoáveis ou bons em tudo e há coisas para as quais não prestamos.
    E os menos inteligentes – ui, estamos a falar de que tipo de inteligência? – daria agora uma discussão valente.

    A aplicação do princípio da igualdade e outros direitos fundamentais tem que ver com o respeito pelas diferenças.
    As pessoas devem ser tratadas consoante as suas diferenças. Meter tudo no mesmo saco é que é discriminar.
    Não podemos chamar a nós a aplicação do respeito pelas diferenças só quando nos dá jeito.
    Por exemplo, relativamente ao que dizes de não contratação de uma pessoa por ser feia. Pode-de e deve-se fazê-lo, e também dizê-lo.
    O recrutamento não deve partir da melhor aproximação entre os requisitos definidos para a função e o perfil dos candidatos?
    Ora, se para um determinado cargo são exigidas determinadas características estéticas – não chegam a pedir foto? – é evidente que isso tem de ser tido em consideração, sob pena de deixarmos para trás quem tem esse perfil físico que passariam a ser os discriminados.
    Isto fez-me lembrar uma polémica por causa da não contratação de uma mulher por ela não poder usar sapatos com saltos (não especificava a altura; ela só podia usar rasos) e o dress code da empresa (julgo que inglesa) assim o exigia. E vieram logo com cenas delirantes da objectificação da mulher e que apenas o desempenho devia contar. Não me identifico com esse discurso.
    (Não sei se não me estou a pôr a jeito para levar tareia de uma organização ligada à defesa dos direitos das mulheres ou assim. :))

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