Alguma coisa onde tu parada
fosses depois das lágrimas uma ilha,
e eu chegasse para dizer-te adeus
de repente na curva duma estrada
alguma coisa onde a tua mão
escrevesse cartas para chover
e eu partisse a fumar
e o fumo fosse para se ler
alguma coisa onde tu ao norte
beijasses nos olhos os navios
e eu rasgasse o teu retrato
para vê-lo passar na direcção dos rios
alguma coisa onde tu corresses
numa rua com portas para o mar
e eu morresse
para ouvir-te sonhar
Mais uma vez, o meu Pelo Sur magnético
“A trezentos anos do amor e três momentos da morte”
“não é um dia para homens
não é um dia para palavras
hoje não é um dia para fazer a barba”
Hoje é um día para fazer nada
Ou quase nada de quase tudo
“é um dia perfeitamente para cães”
“Hoje é um dia reservado ao veneno
e às pequenas coisas”
Hoje é um bom dia para fazer a guerra
decidem aqueles que sabem o que é bom que fazer,
aqueles a quem a guerra nunca matará.
E assim será feito.
Hoje também e também não.
São… ‘as pequenas coisas’
guerras limitadas e de curto alcance…
que envolvem todos nós.
Mas eu não farei a barba
reservado ao veneno
com Uma Faca nos Dentes
porque
“alguém deu à manivela para nascer o sol”
“RESERVADO AO VENENO”
Grande abraço, Luis. Fazia muito tempo…
Pois, tenho andado em estado de suspensão, como se nota nas intermitências não muito habituais aqui no blogue
nos entretantos que esteja tudo de bem contigo e que te vás tratando em conformidade ou desconformidade, consoante o caso
um abraço e um bom fim de semana
ah, e este José Forte é mesmo forte, como se nota nesse reservado ao veneno
e injustamente pouco conhecido