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Thomas Sankara

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Sankara

https://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Sankara

Thomas Sankara em 1983 tornou-se o primeiro presidente do Alto-Volta, agora Burkina Faso (a terra dos homens dignos)

Fez uma campanha de vacinação de mais de 2,5 milhões de crianças contra a meningite, a febre-amarela e o sarampo

Em 4 anos a mortalidade infantil caiu de 20,8% para 14,5%, a taxa de alfabetização de 13% para 73%

Baniu os privilégios tribais, as mutilações genitais, os casamentos forçados e a poligamia.

Foi o primeiro líder africano a nomear mulheres ministras e a aceitar mulheres nas forças armadas. “There is no true social revolution without the liberation of women”, encorajou os homens a tratar de tarefas domésticas para se aperceberem da condição feminina.

Mandou plantar de 10 milhões de árvores para combater a desertificação e as secas regulares. Duplicou a produção de cereais, ficando autossuficiente.

Distribuiu terras para a construção de habitação popular.

Recusou empréstimos do FMI e do Banco mundial que criam dependências e empobrecem o país, preferiu políticas de reforço da capacidade produtiva e de autossuficiência “Quem te alimenta, também te controla”

Aboliu todas as restrições que existiam para contracetivos, tornando Burkina Faso a primeira nação africana a reconhecer a epidemia da SIDA como um perigo para África

Vendeu a frota de veículos oficiais Mercedes Benz, incluindo o automóvel presidencial, e a substituiu por modelos Renault 5, o carro mais barato vendido no país. Proibiu o uso de motoristas ou voos em primeira classe.

Sankara ia trabalhar de bicicleta, reduziu o seu salário para $450, e os seus bens a um carro, 4 bicicletas, 3 violas e um frigorífico. Mandou retirar o ar condicionado do escritório porque dizia ser um luxo que os burkineses não tinham.

Enquanto ministro da informação, acabou com a censura e promoveu o jornalismo de investigação para denunciar casos de corrupção

Propôs um boicote africano aos jogos olímpicos de Los Angeles devido ao apoio dos EUA ao apartheid da África do Sul, a Israel e à invasão americana de Granada. O Burkina Faso foi alvo de sanções pelos EAU devido a isso.

Apelou ao fim do veto na ONU pelas grandes potências mundiais.

Recusou ter a sua foto em lugares públicos como era normal para os líderes “Há 7 milhões Thomas Sankara”

O Burkina Faso tornou-se um embaraço para os restantes países africanos, e um perigo para as potências ocidentais.

O radicalismo de Sankara não era aceitável pela França, que com o apoio dos EUA se viraram para Blaise Compaoré como alternativa moderada.

França e EUA retiraram todo o apoio político e económico ao Burkina Faso. Em agosto de 1987 Compaoré reuniu-se com o embaixador dos EUA em sua casa.

A 15 de Outubro de 1987 Sankara foi assassinado num golpe liderado por Blaise Compaoré para pôr fim ao regime autocrático (já se usava ao chavão nos anos 80).

Logo após o golpe, Compaoré pediu a intervenção do FMI no país e tornou-se um dos melhores aliados de França e EUA em África.

Pouco antes de ser assassinado, Thoma Sankara resumiu assim a forma de medir o progresso ou não do país: “Our revolution will be of value only if, looking back and ahead, we are able to say that the Burkinabe people are a little happier because of it. Because they have clean drinking water, because they have plenty to eat, because they are in good health, because they have access to education, because they have decent housing, because they have better clothing, because they have the right to leisure, because they have greater freedom, more democracy and greater dignity… Revolution means happiness. Without happiness we cannot speak of success.”

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