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Há putos com sorte. Um belo dia ganhei dois bilhetes para ver ‘O Primeiro’, peguei na minha irmã e fomos. A primeira vez que fui ao teatro. Lembro-me de quase tudo. E as coisas certas são certas sempre. Por acaso não são, mas faz de conta. Esta é 🙂

Hoje na tv falavam duma fulana que tinha inventado não sei quê, um absurdo qualquer.
É a cena de ser o primeiro a descobrir, que é uma forma de ser único. Primeiro há só um.

A peça é sobre isso, sobre a febre de ser o primeiro. Mesmo que não se saiba para quê, ou que não sirva para nada. Eu vou fazer a minha parte, vou ser o primeiro a bordar a torre dos clérigos numa folha de couve. De certeza que vou aparecer na TV.

4 comments

  1. O que interessa é descobrirmos algo novo em nós. Nos outros. Nas coisas. Nas situações. Aí, mesmo que alguém já o tenha descoberto antes de nós, sentimo-nos sempre os primeiros.

    R.: Oh, eu levo aquilo na brincadeira :p

  2. Querer ser o primeiro nem sempre é bom, acho até que os médicos lhe chamam qualquer coisa precoce ou assim.

    Não te esqueças de usar fio de prata, acho que ia resultar bem no verdinho. 😀

  3. V, o problema é que somos 7 biliões de pessoas iguais e todas elas sentem que são o centro da humanidade.
    Sim sei que é na brincadeira 🙂

    ó rapariga, isso não é ser o primeiro, é não chegar a ser 😀
    Estás nomeada minha consultora para assuntos de design.

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