Oh Laura, desculpa a intromissâo e a pergunta: e se um estranho, ponhamos por caso eu, te dissesse: hoje vou despir-te o corpo como se fosse meu, teria sido mais, menos ou tão bonito?
ufa! é por aquele morbo de acumular conhecimento, tu já sabes.
Em matar nâo me fales, Luís. Revénta-me. Em morrer, quantas vezes, e quanto estupidamente pensei. Mas é romántico, adormece a um em sonhos, em quanto que matar, nâo pode deixar dormir. Por isso nâo o posso compreender.
Mas, falando em letras. É o último que se tem descoberto em artes da corrupçâo na Espanha.
É prática bem conhecida, muito antiga e universalmente xeralizada, na corrupçâo das instituiçôes públicas a de pagar quantidades despropositadas por trabalhos encomendados a alguem que joga o “rol” de cúmplice, muito frequentemente, informes ou estudos con títulos estrambóticos.
Pois bem, acaba de conhecer-se o caso de um cargo político do PSOE que encomendava a uma ex noiva informes pelos que pagava mensalmente mais de 3 mil euros, a raçâo de 0,60 € por “LETRA” que nâo por palavra que era o que até hoje já estava inventado.
Imagino-me á referida escritora como esperta em técnicas para o estiramento das palavras, por mecanismos físico químicos, ou seus equivalentes, nâo sei, gramaticais e sintáticos por dizer cualquer coisa.
Tá bem Luís, mas eu gostava que fosse Laura a contestar-me. É aquele rum rum feminino que atontece que eu precissava agora.
No me obligues a vivir como si cada instante fuese la tarea acumulada que dejamos para el último minuto.
Si quieres ser mi cuerpo no me robes la calma ni la penumbra de la tarde que nace tras la bruma de un bosque encantado.
He huido tantas veces de ti, pero siempre estás a mi lado. Tus rodillas y mi forma de llorar, tus manos y mi sudor, tus ojos y mi mirada.
No me obligues a vivir pensando que no tienes ganas de hacerte vieja conmigo, que existo en ti por inercia, que no te importa que me duela saberte tan frágil.
He tratado de ignorarte, de evitar la sensación de tus dedos cuando sienten la extrañeza de unos síntomas grises.
Mi angustia como un aliento fantasma se aferra al sueño de la vida y aprende a sonreír con tu boca a los médicos.
Si quieres ser mi cuerpo déjame adormecerme en tus párpados, soñar que somos una sola, y tú no me traicionas en la mesa de un quirófano, que vas a despertarte conmigo de la misma pesadilla, que vas a sentirme más viva que nunca en tu garganta.
No me obligues a madurar aprendiendo a leer el mapa de cicatrices de tu cuerpo, no quiero reconocer otra herida ni que confundas el desamor con las enfermedades y sus nudos de fiebre.
Que no pague tu cuerpo mis pecados en el naufragio azul de los océanos, que la distancia sea un reloj de metal y una tarde de nieve donde la vida quiera aprender a besarme en tus labios.
Bemsalgado, as palavras, para mim,são como os filmes, as imagens, os momentos. têm o seu papel num determinado momento e porque aquele momento é unico; isso faz com que certas palavras sejam únicas. mesmo sendo repetidas, depois, não mais voltarão a ter o impacto que tiveram naquele momento. e neste caso particular o momento delas foi o post, com a imagem.
ufa. que bonito.
Um filho que não fugiu.
Imagens grandes, palavras pequenas.
E uma longa metragem a seguir.
Oh Laura, desculpa a intromissâo e a pergunta: e se um estranho, ponhamos por caso eu, te dissesse: hoje vou despir-te o corpo como se fosse meu, teria sido mais, menos ou tão bonito?
ufa! é por aquele morbo de acumular conhecimento, tu já sabes.
bemsalgado, metendo-me também ao barulho e nisto de brincar na areia com palavras
uma palavra é tudo e não é nada
repara numa palavra, é feita com letras, cada letra com traços, um traço não quer dizer nada, é um traço
e no entanto há combinações de traços pelos quais era capaz de morrer (quase)
pensando bem, dando luz a alguma normalidade, há palavras pelas quais era capaz de matar
Em matar nâo me fales, Luís. Revénta-me.
Em morrer, quantas vezes, e quanto estupidamente pensei. Mas é romántico, adormece a um em sonhos, em quanto que matar, nâo pode deixar dormir. Por isso nâo o posso compreender.
Mas, falando em letras. É o último que se tem descoberto em artes da corrupçâo na Espanha.
É prática bem conhecida, muito antiga e universalmente xeralizada, na corrupçâo das instituiçôes públicas a de pagar quantidades despropositadas por trabalhos encomendados a alguem que joga o “rol” de cúmplice, muito frequentemente, informes ou estudos con títulos estrambóticos.
Pois bem, acaba de conhecer-se o caso de um cargo político do PSOE que encomendava a uma ex noiva informes pelos que pagava mensalmente mais de 3 mil euros, a raçâo de 0,60 € por “LETRA” que nâo por palavra que era o que até hoje já estava inventado.
Imagino-me á referida escritora como esperta em técnicas para o estiramento das palavras, por mecanismos físico químicos, ou seus equivalentes, nâo sei, gramaticais e sintáticos por dizer cualquer coisa.
Tá bem Luís, mas eu gostava que fosse Laura a contestar-me. É aquele rum rum feminino que atontece que eu precissava agora.
Um forte abraço.
Compañera de celda
No me obligues a vivir
como si cada instante
fuese la tarea acumulada
que dejamos para el último minuto.
Si quieres ser mi cuerpo
no me robes la calma
ni la penumbra de la tarde
que nace tras la bruma
de un bosque encantado.
He huido tantas veces de ti,
pero siempre estás a mi lado.
Tus rodillas y mi forma de llorar,
tus manos y mi sudor,
tus ojos y mi mirada.
No me obligues a vivir
pensando que no tienes ganas
de hacerte vieja conmigo,
que existo en ti por inercia,
que no te importa que me duela
saberte tan frágil.
He tratado de ignorarte,
de evitar la sensación
de tus dedos
cuando sienten la extrañeza
de unos síntomas grises.
Mi angustia
como un aliento fantasma
se aferra al sueño de la vida
y aprende a sonreír
con tu boca a los médicos.
Si quieres ser mi cuerpo
déjame adormecerme en tus párpados,
soñar que somos una sola,
y tú no me traicionas
en la mesa de un quirófano,
que vas a despertarte conmigo
de la misma pesadilla,
que vas a sentirme
más viva que nunca en tu garganta.
No me obligues a madurar
aprendiendo a leer
el mapa de cicatrices de tu cuerpo,
no quiero reconocer otra herida
ni que confundas
el desamor con las enfermedades
y sus nudos de fiebre.
Que no pague tu cuerpo mis pecados
en el naufragio azul de los océanos,
que la distancia sea
un reloj de metal y una tarde de nieve
donde la vida quiera
aprender a besarme en tus labios.
Ana Merino
Bemsalgado, as palavras, para mim,são como os filmes, as imagens, os momentos.
têm o seu papel num determinado momento e porque aquele momento é unico; isso faz com que certas palavras sejam únicas.
mesmo sendo repetidas, depois, não mais voltarão a ter o impacto que tiveram naquele momento.
e neste caso particular o momento delas foi o post, com a imagem.
Se fosse teu não sentirias mais desapego?
Sim, e por isso prefiro o pego ao desapego.