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11 comments

  1. Oh Laura, desculpa a intromissâo e a pergunta: e se um estranho, ponhamos por caso eu, te dissesse: hoje vou despir-te o corpo como se fosse meu, teria sido mais, menos ou tão bonito?

    ufa! é por aquele morbo de acumular conhecimento, tu já sabes.

  2. bemsalgado, metendo-me também ao barulho e nisto de brincar na areia com palavras
    uma palavra é tudo e não é nada

    repara numa palavra, é feita com letras, cada letra com traços, um traço não quer dizer nada, é um traço

    e no entanto há combinações de traços pelos quais era capaz de morrer (quase)

  3. pensando bem, dando luz a alguma normalidade, há palavras pelas quais era capaz de matar

  4. Em matar nâo me fales, Luís. Revénta-me.
    Em morrer, quantas vezes, e quanto estupidamente pensei. Mas é romántico, adormece a um em sonhos, em quanto que matar, nâo pode deixar dormir. Por isso nâo o posso compreender.

    Mas, falando em letras. É o último que se tem descoberto em artes da corrupçâo na Espanha.

    É prática bem conhecida, muito antiga e universalmente xeralizada, na corrupçâo das instituiçôes públicas a de pagar quantidades despropositadas por trabalhos encomendados a alguem que joga o “rol” de cúmplice, muito frequentemente, informes ou estudos con títulos estrambóticos.

    Pois bem, acaba de conhecer-se o caso de um cargo político do PSOE que encomendava a uma ex noiva informes pelos que pagava mensalmente mais de 3 mil euros, a raçâo de 0,60 € por “LETRA” que nâo por palavra que era o que até hoje já estava inventado.

    Imagino-me á referida escritora como esperta em técnicas para o estiramento das palavras, por mecanismos físico químicos, ou seus equivalentes, nâo sei, gramaticais e sintáticos por dizer cualquer coisa.

    Tá bem Luís, mas eu gostava que fosse Laura a contestar-me. É aquele rum rum feminino que atontece que eu precissava agora.

    Um forte abraço.

  5. Compañera de celda

    No me obligues a vivir
    como si cada instante
    fuese la tarea acumulada
    que dejamos para el último minuto.

    Si quieres ser mi cuerpo
    no me robes la calma
    ni la penumbra de la tarde
    que nace tras la bruma
    de un bosque encantado.

    He huido tantas veces de ti,
    pero siempre estás a mi lado.
    Tus rodillas y mi forma de llorar,
    tus manos y mi sudor,
    tus ojos y mi mirada.

    No me obligues a vivir
    pensando que no tienes ganas
    de hacerte vieja conmigo,
    que existo en ti por inercia,
    que no te importa que me duela
    saberte tan frágil.

    He tratado de ignorarte,
    de evitar la sensación
    de tus dedos
    cuando sienten la extrañeza
    de unos síntomas grises.

    Mi angustia
    como un aliento fantasma
    se aferra al sueño de la vida
    y aprende a sonreír
    con tu boca a los médicos.

    Si quieres ser mi cuerpo
    déjame adormecerme en tus párpados,
    soñar que somos una sola,
    y tú no me traicionas
    en la mesa de un quirófano,
    que vas a despertarte conmigo
    de la misma pesadilla,
    que vas a sentirme
    más viva que nunca en tu garganta.

    No me obligues a madurar
    aprendiendo a leer
    el mapa de cicatrices de tu cuerpo,
    no quiero reconocer otra herida
    ni que confundas
    el desamor con las enfermedades
    y sus nudos de fiebre.

    Que no pague tu cuerpo mis pecados
    en el naufragio azul de los océanos,
    que la distancia sea
    un reloj de metal y una tarde de nieve
    donde la vida quiera
    aprender a besarme en tus labios.

    Ana Merino

  6. Bemsalgado, as palavras, para mim,são como os filmes, as imagens, os momentos.
    têm o seu papel num determinado momento e porque aquele momento é unico; isso faz com que certas palavras sejam únicas.
    mesmo sendo repetidas, depois, não mais voltarão a ter o impacto que tiveram naquele momento.
    e neste caso particular o momento delas foi o post, com a imagem.

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