A perceção é uma treta.
A gente pensa que percebe, mas não percebe nada.
E porquê? Porque não há nada perceber.
O maior medo é esse. Que quanto mais se anda, mais há para andar.
A perceção é uma treta.
A gente pensa que percebe, mas não percebe nada.
E porquê? Porque não há nada perceber.
O maior medo é esse. Que quanto mais se anda, mais há para andar.
E não será essa a beleza da coisa? O movimento contínuo?
Achas mesmo?
A sensação de inacabado traz ansiedade. O final um suspiro de alivio. Este está acabado, posso esquecer.
O que não está terminado é uma fonte de preocupação.
Lembras-te do que sentiste quando deste a última pincelada? 😉
Agora imagina que conforme ias pintando, ias descobrindo mais parede para pintar. E aquilo nunca mais acabava. Desespero não é?
É certo que podias desistir e deixar a parede meio pintada e meio por pintar. Mas nesse caso, se calhar mais valia nem sequer ter começado a pintar. Para ter uma coisa inacabada que não serve para nada.
E vai-se dar a uma coisa que me atormenta imenso. Encontrar coisas que valham a pena.
Entendo o que dizes. Esse é o lado mau da questão.
Estou de momento a viver isso, em mais do que uma frente, tenho umas coisas inacabadas entre mãos e por mais que a tente resolver/acabar não consigo, também não depende só de mim. A ansiedade e a frustração de continuar a carregar isto já me custou umas noites mal-dormidas.
Na verdade, odeio pontas soltas!!!! (acho que já o mencionei várias vezes 🙂
Tenho também percebido que há cada vez menos coisas que valem a pena, por isso, resisto a deixar encantar-me ou começar o que posso não conseguir acabar.
Acredita que estive para desistir daquela parede muitas vezes e só com muita teimosia a acabei (à custa de umas horríveis dores nas costas, mas isso é outra coisa).
Não sei o que é preferível, deixar inacabado ou nem começar sequer. Às vezes tenho a sensação que ando sempre à roda do mesmo assunto.
Não ajudei nada. Mas posso sempre deixar uma frase inspiradora, tipo: as respostas que procuras estão todas dentro de ti!
Que te parece? 😉
Vamos fazendo as coisas porque é inevitável que façamos coisas. E algumas até têm bastante piada. É como calha.
Outra frase inspiradora: Tudo o que é demais, é demais. 🙂
Incluindo a preocupação. Um bocadinho é bom e faz falta. Demais é demais e de facto não ajuda nada.
Voltando à cena das coisas inacabadas, isto foi uma coisa que me ficou dos tempos de escola.
A gente ouve muita coisa, e entre elas há algumas que parecem fazer sentido e ficam na memória.
Já não me lembrava dos pormenores e fui à procura e lá encontrei: Kurt Lewin
http://www.psicoloucos.com/Kurt-Lewin/a-motivacao-e-o-efeito-zeigarnik.html
Quando começamos uma tarefa, cria-se um estado de tensão. Quando completamos a tarefa a tensão desaparece.
Essa tensão na verdade faz falta na organização mental das pessoas como estimulo para a ação e conclusão das coisas. (as tuas costas que te digam 🙂
Se essa tensão não existisse ninguém acabava nada e poucos resultados haveria.
Um exemplo,
Anos atrás meti-me numa tarefa parva (coisa que faço muito, por falta de coisas inteligentes para fazer) de publicar uma foto por dia durante 1000 dias.
Ao fim de 2 anos e picos, parei. E não é que de vez em quando me lembrava que devia acabar aquilo? Sei que o resultado final não compensa a trabalheira que dá. Mas lá meti mãos à obra de acabar.
E porquê? Para poder esquecer sem ficar com a sensação de desistência e fracasso.
Li algures que a melhor solução é dar um fecho rápido às coisas.
Ao receber uma coisa, em vez de a pôr para a pilha mental das coisas por fazer, resolve-la logo.
Mesmo que não seja da forma ideal.
A ideia é ter a pilha dos pendentes sempre para o lado do vazio. Assim aprecia-se mais o que vem de novo, porque não estamos preocupados com o que está para trás.
Disto isto, porque é que não mudo o projeto das 1000 imagens, para 800 imagens e dou o caso por concluído?
Primeiro porque sou burro, segundo porque tenho muita dificuldade de fazer o que penso, terceiro porque sou burro.
Não és burro, apenas traças objetivos de difícil alcance. Podias ter começado por 30 dias, 30 imagens e ires aumentando a dificuldade do projeto. Mas não, deste uma de megalómano e toca de querer dar 1000 em 1000 dias.
Esta dificuldade de traçar objetivos acaba por ser uma armadilha. Perdi a conta ao número de amigos que vivem insatisfeitos, mas não mudam porque querem mudar tudo de uma vez e depois desistem, ficam como estão.
Lembras-te de te dizer que os indecisos me faziam aflição? Exatamente por isto.
Não que eu não caia nisto muitas vezes, só que aprendi a olhar realisticamente para as metas que traço.
Agora, vou ali espreitar o link que deixaste. Já te disse que conversar contigo é um gosto?
Ah, isto também me faz lembrar do eustress e do distress. Pronto, era só para dar uma de culta. 😉
Dar 1000 em 1000 dias?!??? :D:D:D
(obrigado, espero que se note que também gosto bastante)
Imagens, 1000 imagens!! Bolas, eu tenho de passar mesmo o filtro da censura nas coisas que escrevo. :$
:$ ???
O google translator traduz isto?
Tu com uma nota de 20 euros na boca?
Mais um bocado e é com uma nota de 20 na liga! aiiiiiiiiiiiiii que vida a minha! Aquele símbolo é usado para exprimir vergonha, rubor nas faces.
E não é que estive a ler tudo?
🙂
És esquisito.
E digo isto com a mais elevada consideração.