Sou do tempo em que nos concertos o pessoal acendia os isqueiros,
e era um bocado foleiro.
Agora acende-se os telemóveis e não sei bem o que é. Talvez tecnológico.
Sou do tempo em que nos concertos o pessoal acendia os isqueiros,
e era um bocado foleiro.
Agora acende-se os telemóveis e não sei bem o que é. Talvez tecnológico.
Com a chama do isqueiro unia-se uma plateia. Com o ecrã do telemóvel, na obsessão de gravar o momento, não se vive esse mesmo momento.Isolam-se as almas e os olhares.
Eu que gosto de fotografia e de documentar tudo (tipo para mais tarde recordar) caia sempre nessa armadilha. Acaba por não ver nem apreciar a coisa.
Depois comecei a reparar que muitas vezes ainda antes de tirar os meus filmes da máquina já estavam no youtube filmes com melhor qualidade que os meus.
Nunca mais levei máquina para um concerto e o telemóvel não sai do bolso.
Deixo os outros filmar por mim 🙂