Que estranha maneira de estar mortos. Quem quer que seja diria que não o estais.
Mas, na verdade, estais mortos.
Estais mortos, não tendo nunca antes vivido.
Vós sois os cadáveres de uma vida que nunca foi. Triste destino. O não ter sido senão mortos sempre.
O ser folha seca sem ter sido verde jamais.
E contudo, os mortos não são, não podem ser cadáveres de uma vida que ainda não viveram.
César Vallejo (extractos)
Estamos mortos e ninguém nos avisa. Que falta de humanismo.
Também acho. É o costume um gajo morre e passado um mês já ninguém nos liga.