Estes dias parecem-me montanhas que não quero subir, cheios de sítios onde não quero ir.
Mas por onde me vou obrigar a passar e ir.
Masoquismo?
Estes dias parecem-me montanhas que não quero subir, cheios de sítios onde não quero ir.
Mas por onde me vou obrigar a passar e ir.
Masoquismo?
Não, pode não ser masoquismo.
Podem ser obrigações profissionais ou de outra natureza.
O trabalho, a actividade profissional, dignificar-nos? Parece-me ser uma máxima estafada e cheia de variáveis a considerar.
São profissionais e derivados, ou seja materiais.
Nesse caso não é masoquismo?
Entretanto fui descambando, e já me questiono se um um homem digno é coisa que se queira ser.
Nesse caso não é masoquismo. Podes estar descansado. 😉
A dignidade é o nosso maior património imaterial controlável que possuímos.
Claro que o que se quer é um homem digno.
E se fosse por coisas imateriais sem ser pago, já era masoquismo?
😉
Acho que não sou só eu a associar dignidade com altivez, com força, com postura.
E como concilio isto com a empatia e admiração que tenho pelos que se rebaixam, que se descalçam sem mostrar que estão descalços.
O trabalho só dignifica quando é feito voluntariamente e nos pagam por isso, mas somos obrigados a trabalhar e, hoje em dia, a agradecer por o poder fazer. Terrível
Masoquismo? espero que não seja o caso
Trabalho feito voluntariamente e pago. Pede pouco a menina, hã? 🙂
O obrigado é questionável, como tudo é uma troca. Pode-se dizer que o campo está tão inclinado que é quase impossível não trocar. Mas mesmo assim é uma troca. Os poucos que não precisam trocas, vendeu a alma ao diabo E sou suficientemente estúpido para preferir assim, e gozar dos meus espaços de sol e mar.
Se fosse por determinadas coisas imateriais sem ser pago, também podia não ser masoquismo. Exemplo: prestar cuidados de saúde a um familiar. Uma obrigação, que podes sentir como tal, mas não a praticas por masoquismo.
A dignidade pode e deve ter doce quando é preciso tê-lo.
Não me digas que não pedes o mesmo, é que se não pedes és masoquista 🙂
Ora, ora, é uma troca que nos impõem, cada vez mais e por menos menos.