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8 comments

  1. (aviso já que não percebi nada do post e vou comentar uma coisa muito ao lado)

    Sabes o que é que no outro dia fez chorar as lágrimas da minha mãe?
    O verdete do chão!

    Então não é que a mulher se me esbardalhou toda no meio da estrada e agora anda-me toda dorida e negra num olho, que até parece que alguém lhe deu mais do que ela pediu?

    Juro que não é anedota!

    1. Também vou responder ao lado. Olha, caiu ao chão!
      🙂

    1. Ainda é noite para te mandar um sol?

      Olha, que fazer chorar as lágrimas, não é insulto.

  2. O fluído lacrimal deve transbordar de vez em quando e em quantidade suficiente para lavar e lubrificar a alma. Até sei que qualquer oftalmologista dirá que esse processo é menos importante para os olhos do que para a alma e para o coração.
    Já que é assim e que convém haver algum equilíbrio do caudal, até porque as inundações não são grande coisa para os bombeiros e para a protecção civil, é bom ter alguém que nos faça chorar as lágrimas, assim como é bom ter alguém que nos ampare as lágrimas. E isto é válido para as lágrimas de tristeza como para as lágrimas de alegria. Até para as lágrimas que só escorrem para dentro. Talvez mais para estas.
    O que não é nada bom é não ter quem nos faça chorar as lágrimas. Talvez seja mais impactante do que não ter quem nos faça rir.
    Também por isso, haja sol, sim.

    E fica uma curiosidade sobre a expressão “lágrimas de crocodilo”, que está associada a fingimento. Deve-se ao facto de o crocodilo quando come a presa, engolindo-a sem mastigar, comprimir a glândula lacrimal com a mandíbula, o que faz com que o fluido transborde.

    [Não sou oftalmologista, nem cardiologista, nem psiquiatra, nem veterinária e nem sequer trabalho num zoo.]

    1. Já muitos poetas se dedicaram a escalpelizar as lágrimas. Acho que os cientistas têm mais que fazer.

      O que os poetas descobriram foi que as lágrimas são mais do que são.

  3. E acabei de dar com isto, que me parece muito bom:

    Alto mar

    Quando estiver no alto mar e tudo
    for água à minha volta, água salgada,
    atirarei a vida borda fora.
    Quando os meus olhos só puderem ver
    a espantosa quantidade de pranto
    que constituiu os mares deste mundo,
    atirarei a vida borda fora.
    Entre esses biliões e biliões
    de lágrimas vertidas por alguém,
    atirarei a vida borda fora.
    E que os inexpressivos tubarões
    destruam com os seus dentes o que fui.

    Amalia Bautista

    1. Ah, atirar a vida borda fora!

      E ficar só com olhos e dentes. Não pedia mais.

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