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6 comments

  1. Não será apenas uma metade da questão?

    A meu ver a tua conclusão está correcta se vista em termos absolutos. Tendo em conta o entendimento de que todos somos diferentes e, como tal, somos excepções.

    Mas quando se passa do debate das generalidades para as especificidades – e isto já parece a cena dos debates do parlamento! – não entraremos numa nova ordem de abordagem?

    O antónimo de ser excepção é estar dentro da norma, é ser comum.

    Na organização do quotidiano (e não só) não é viável todos funcionarmos como excepções, pois, têm de existir pontos em comum para que a vida se faça.
    Por exemplo, para que um grupo exista e funcione é preciso que os elementos que o compõem obedeçam às coordenadas principais do código da ‘organização’.
    Todos os dias há uma parte de nós que funciona assim e nem nos apercebemos disso. Na família, no trabalho, nas actividades que desenvolvemos.
    E funcionar assim não é necessariamente fracturante. Não significa uma anulação da personalidade e a perda da individualidade. Até tem a ver com a gestão das expectativas das partes envolvidas. Penso que só é fracturante quando as cedências são de tal ordem que colidem com princípios fundamentais de quem cede e o esforço se sobrepõe ao bem-estar e ao prazer. Passa a ser desconfortável.

    Nós não temos apenas um lado.
    Não somos sempre normais, assim como não somos sempre loucos.
    Não somos sempre comuns, como não somos sempre excepções.
    E talvez seja a mistura dos dois lados em gradações diferentes que faz com que sejamos a tal excepção que referes ou que me levou a esta interpretação.

    1. A questão é que se somos todos excepções, não somos

      Mas encontra-me uma pessoa que não se sinta intimamente diferente dos outros, e esse sim é uma excepção

      1. Então, Luís, deitas assim por terra a tua afirmação inicial?

        1. Acho que não…

    1. quem dá o que tem, a mais não é obrigado

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