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Tempo

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Há uma diferença fundamental entre não haver tempo e não haver tempo
Entre o tempo existir mas ter-se esgotado
E os momentos em que não se sabe nem importa se foi um segundo ou um ano
se vamos morrer ou viver

3 comments

  1. Se esse tempo se referir apenas a nós próprios, acho que tens razão.

  2. Só conheço o tempo que a gente sente ou deixa de sentir. Há mais?

  3. Há pouco escrevi isto noutro lado, mas julgo fazer sentido aqui:

    Há duas ordens ou conceitos de tempo: o tempo do relógio, os horários, as tarefas-tempo; e o tempo do sentir, da disponibilidade, do querer.

    O primeiro conceito serve para a sobrevivência, para a economia, para o dinheiro, para o lado do mais palpável.
    O segundo, que julgo ser o mais importante, é onde nos construímos e existimos para o que queremos.

    Temos tempo para o que queremos, o que pode acontecer é não termos muitas horas para dedicar ao que queremos ou a quem queremos; mas se quisermos temos sempre algum tempo, minutos que seja, e isto tem que ver com as nossas prioridades e interesses. Quando se diz que não se tem tempo para ‘coisas’ deste departamento é porque a vontade/disponibilidade/interesse/motivação, para a ‘causa’ não existe ou já se esgotou. O argumento da falta de tempo por este lado é a desculpa do mau pagador.

    Não será que a voragem dos dias anda a retirar-nos tempo para o que precisa de tempo e nós deixamos?

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