Um gajo está a falar com outro há meia hora, e a meio da conversa: ‘tu como te chamas? Tiago.”
“Olha Tiago, … patati patata ”
Ou como dizia o outro, nos bares do ocidente à hora de fechar todos os bêbados se abraçam, e contam a vida desde pequeninos.
Há uma camaradagem nos tascos e tabernas que ultrapassa o tempo.
Luís, isto não é assim tão estranho… Sobretudo com pessoas que têm boa memória visual, mas que lhes escapa muito a equivalente à linguagem associada às pessoas, aos lugares…
Há uma semana, uma pessoa que não via há muitos anos, deu comigo numa repartição. Disse logo o meu nome, fez conversa acerca do que eu fazia na época e aonde vivia,etc., e eu ali às aranhas 🙂 Sabia que conhecia aquela figura, mas o resto… Às tantas tive de lhe pedir que me recordasse o nome e não tive uma boa sensação por ela poder pensar que não lhe teria prestado tanta atenção.
Acontece-me muito.
Houve outra no ginásio. “Conheço aquela cara”, dizia para mim, mas o resto nada e por isso não passava do cumprimento habitual. Um dia meteu-se comigo e perguntou se ainda havia o tal clube de leitura e diz o meu nome… Pronto, fez-se luz 🙂
Pode parecer um pormenor dizer o nome da pessoa quando se fala ou escreve, mas é uma manifestação boa de consideração. Particulariza, individualiza.
Nem era tanto por aí que ia, o esquecer o nome. Escrevi o que ouvi ontem, e ele não sabia o nome porque nunca o tinha visto antes na vida 🙂
Mas estavam na palheta como se tivessem andado juntos na primária.