Basta acordar para começarmos a fazer escolhas, mesmo aquelas que não damos conta.
Tenho que me levantar, na verdade é uma escolha. Pormos o “tenho” é só uma forma de nos convencermos a levantar Porque na verdade posso não me levantar.
Ao longo do dia estamos sempre a fazer escolhas, centenas, milhares, as que forem.
Agora imagina um mundo sem escolhas.
Não é um mundo onde não possas escolher. Um mundo onde isso de ser uma coisa ou outra seja inimaginável.
Como seria?
Uma prisão?!
E de repente aparece o Batman, liberta-te da prisão entrega-te ao São Pedro e daí para uma nuvem onde mais que que teres tudo, és tudo.
São 50 euros pela libertação da prisão, e 20 euros por mês pelo aluguer da nuvem. Preço para amigas.
Não tens de quê 🙂
E ainda ofereço ao senhor Batman umas lagostas que tanto gosta!
Considero-me espantado pelo conhecimento que tens sobre as preferências do senhor Batman 🙂
Apesar de estarmos sempre a fazer escolhas, a consciência de as fazermos aumenta à medida que essas opções se afastam do nível de necessidades básicas. Ou seja, a sensação de que as escolhas representam liberdade e têm mais sabor a liberdade, aumenta quando o que decidimos não tem que ver com o sustento, o abrigo, a saúde, por exemplo.
Pegando no ter de levantar.
Sim, é uma escolha. Mas escolher levantar porque é preciso ganhar dinheiro para comer a fazer um trabalho chato, fazer duas horas de viagem, aturar gente mal disposta, tem o mesmo sabor a escolha do que escolher levantar para ir ver o mar?
Não será por isso que em relação a algumas escolhas, que têm que ver sobretudo com esse lado do básico, dizemos “não tive escolha, tinha mesmo de fazer assim”?
Tenho dúvidas se haverá muita gente a chegar ao fim da vida com a sensação de satisfação por ter podido fazer bastantes escolhas que tenham esse sabor a liberdade, mesmo num território pessoal para lá do tal básico. É que também há o lado dos acasos, felizes e infelizes, que podem definir outra ordem.