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  1. O mais triste do envelhecimento é a morte dos amigos, disse a Maria Filomena Mónica há tempos, numa entrevista a propósito do seu “Bilhete de Identidade”, um livro belíssimo que tenho e li com muito gosto. Nunca mais me esqueci deste pensamento por me identificar com ele.
    (A propósito: reconheço muito valor a esta mulher e por isso tenho ainda mais pena que esteja a sofrer tanto, a travar uma luta tão difícil há cinco anos.
    Dois pormenores em comum – a Sociologia e o facto de termos nascido no mesmo dia com o intervalo de vinte e um anos – também me fazem lembrar mais dela, e sempre no tal dia de cada ano.)

    Se os ciclos contribuem para o equilíbrio, e por isso valorizo-os tanto, também têm esta face negra quando os lembramos a propósito da cessação das cadências.

  2. O que importa celebrar é o inicio de cada ciclo.

    Há sempre o ânimo de quando se parte para algo novo.

  3. Há dias, quando alguém se referia ao número de anos que fazia e dizia estar mais ou menos a meio da vida, a pessoa a quem se dirigia respondeu-lhe que não existe isso de meio da vida, ou três quartos, ou que quantidade de vida seja. Existe o princípio e o viver, a vida.
    Lembrei-me agora, pelo que disseste.

    (Nunca percebi a tendência para se celebrar especialmente os cinquenta anos.
    Não fiz isso, mas eu conto pouco para estatísticas que tenham que ver com festas do lado de fora. Mesmo assim, costumam perguntar-me “nem os cinquenta?!”)

    1. Quando se vê um filme alguém se preocupa se o filme está a meio ou a dois quartos?

      Estar sempre a controlar o relógio só se explica se o Porto estiver a jogar, e há que ter a consciência que se está a estragar o filme.

      Enjoy! 🙂

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