Ok, de volta a casa vamos lá a ver o que consigo fazer com isto.
Com um teclado ajustado às minhas mãos, já consigo pôr as letras numa sequência normal.
A ideia original era que chegar ao centro duma pessoa é como chegar ao centro da terra. Não deve ser uma ideia original, mas quero que se lixe. Com tanta gente na terra ainda querem coisas originais? Para mim é original. Lembrei-me disso agora.
A cena poética também está posta de parte. A porra dos astros todos desalinhados.
Vamos lá a ver se consigo fazer alguma coisa com esta salganhada. Apagar? Ná! Demasiado fácil.
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Não é fácil chegar ao centro da terra. E nem é por causa da lava.
Já alguém chegou à lava? A lava é que chega a nós. A terra é que tem vulcões e nos atira a lava à cara.
A gente tem a mania. Falamos em vulcões e em voar. Até eu.
Voo tão poucochinho.
Acho que não consigo saltar mais que cinquenta centímetros.
E esquece lá os vulcões. Como é que se faz aquilo?
Ok, no mar dou uns mergulhos. E em pensamento faço mais. Conta?
Há-de haver um vulcão lá no centro da terra que está pensar nisso.
Beijem os vulcões.
(da primeira versão mantenho uma frase e a ideia, é importante beijar mesmo quem pensa em vulcões)
Gostei de escrever isto. Amanhã veremos.