Amor
«O Amor é a melhor coisa que existe no mundo. Mas o futebol ainda é melhor!» – Guilherme, 8 anos
«Sou a favor do amor, desde que ele não aconteça quando estão a dar desenhos animados» – Ana, 6 anos
«O amor é a loucura. Mas quero experimentar um dia» – Fábio, 9 anos
A idade certa para casar
«Aos oitenta e quatro anos, porque nesta idade já não precisamos de trabalhar e podemos passar o dia inteiro a namorar com a outra pessoa» – Júlia, 8 anos
Solteiro ou casado?
«As raparigas devem ficar solteiras. Os rapazes devem casar-se para terem alguém que lhes limpe a roupa e lhes faça a comida» – Catarina, 9 anos
Manter uma relação
«Não esquecer o nome da namorada. Isso estragava tudo!» – Ricardo, 8 anos
Tácticas infalíveis
«Levá-la a comer batatas fritas costuma funcionar» – Bernardo, 9 anos
«Gosto de hamburgers e também gosto de ti» – Luma, 6 anos
da natureza
«Um livro tem palavras que fazem sonhos» – Joana, 3 anos
«Poesia é uma coisa que não é a mesma coisa mas é igual» – Beatriz, 4 anos
«Este gelado até inverna as mãos» – Gonçalo, 4 anos
«Estou com tosse. Engoli frio um dia» – Inês, 4 anos
«O céu à noite é um lençol com estrelas» – Gustavo, 5 anos
«És o vento a brilhar» – Madalena, 6 anos
da sensatez
«Nunca te metas com uma miúda que já te bateu uma vez» – Pedro, 9 anos
«Se a tua mãe esteve a discutir com o teu pai, não a deixes pentear-te» – Sara, 12 anos
Não sei de onde retiraste isto…
É que tenho dúvidas sobre a utilização de certa linguagem por miúdos destas idades.
Por exemplo: “Sou a favor do amor” (6 anos), “O amor é a loucura” (9 anos), “Costuma funcionar” (9 anos), ” Solteiras” (9 anos)…
O que parece é que nalguns casos alguém usou expressões de pessoas mais velhas e arranjo de frases de adultos, julgando que polia a linguagem dos miúdos, e isso descaracteriza a coisa. Onde noto isso, passo à frente.
Pela razão contrária, gosto especialmente deste bloco, pelo facto de me parecer mais genuíno:
da natureza
«Um livro tem palavras que fazem sonhos» – Joana, 3 anos
«Poesia é uma coisa que não é a mesma coisa mas é igual» – Beatriz, 4 anos
«Este gelado até inverna as mãos» – Gonçalo, 4 anos
«Estou com tosse. Engoli frio um dia» – Inês, 4 anos
«O céu à noite é um lençol com estrelas» – Gustavo, 5 anos
«És o vento a brilhar» – Madalena
E lembrei-me de já ter lido por aqui “… o vento a brilhar”
http://tintanobolso.escritas.org/es-o-vento-a-brilhar/
É engraçado dar conta mais uma vez, e pela voz dos miúdos, que o ‘mundo’ mudou pouco.
Sei que do platão ao keats, muita gente de respeito disse que a beleza é a verdade
Mas deixem-me sonhar e inventar. É que por vezes acho os sonhos mais bonitos que a realidade. Já ontem a inconfessável me pareceu preocupada com a veracidade da história. Mesmo não sendo, a mensagem é a mesma.
Sim uma dessas citações é verdadeira e foi-me dita a mim ?
O resto podem considerar tudo construção, própria ou de outros, dum gajo que se entretém assim nos seus dias e noites ?
Espécie de errata: Quando disse isto, tinha na cabeça que o verdadeiro é o que é real e se pode comprovar. O que é uma imensa parvoíce. Imaginário não tem nada a ver com ser falso ou mentira.
epá os miúdos são uns ingénuos.
Estes dois diria terem toda a razão e as razões podem ser várias
«Nunca te metas com uma miúda que já te bateu uma vez» – Pedro, 9 anos
«Se a tua mãe esteve a discutir com o teu pai, não a deixes pentear-te» – Sara, 12 anos
já ‘tão lá! a ingenuidade já se foi.
Prefiro de longe os ingénuos aos calculistas
A menos que me ponham nas mãos uma pistola daquelas da roleta russa com 5 balas em 6, e me digam: Vai correr tudo bem
Nesse caso umas continhas não ficam mal
E não nos metermos com uma miúda que já nos bateu uma vez, também não fica nada mal 🙂
Não pus em causa a veracidade, ou pelo menos não foi essa a minha intenção. Talvez quisesse, parva que sou, que tivesse acontecido. Não ficaria admirada. este mundo está tão louco que é tudo possível nos dias que correm e até nos que já correram.
Achei deliciosas estas respostas, inventadas ou não.
Pois eu sei, eu é que não estava à espera dessa pergunta 🙂
As respostas são giras, não são?