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Fosga-se ia-me dando uma coisinha má

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Provavelmente já toda a gente viu isto há décadas.
Como sou atrasadinho das carochas só me arrepiei hoje 🙂

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  1. De vez em quando dou com este tipo de chão – em vidro transparente e a mostrar coisas lá para baixo – e sinto que há um qualquer desconforto / desafio / estranheza… a sensação de faltar chão.
    (Percebe-se melhor o que querem dizer as expressões “Ficar sem chão”, “Faltar chão”; a ligação que há entre o literal e o figurado.)

    Julgo que quando se apanha este tipo de estrutura sem se estar à espera, a tendência é para procurar algo, uma qualquer ponta do passadiço, que aparente mais resistência pelo facto de ser opaca.

    (Não deixa de ser curioso que a transparência das coisas remeta para maior fragilidade. E a das pessoas?
    Estou a lembrar-me que desconfio quando ouço intitularem-se de transparentes ou muito transparentes.
    Não sou transparente nem desejo sê-lo, nem me agrada apanhar essa característica numa medida em que seja algo forte que sirva para definir as pessoas. É que para sermos honestos não precisamos de ser transparentes.)

  2. Olhos que não vêem, coração que não sente. Como neste caso se vê, coração sofre.

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