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Não é um contra senso?

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Os temperamentos anais são os picuinhas, os minuciosos

E são esses que não podem argumentar: é pá, enganei-me

0 comments

  1. Lembrei-me agora que havia um fulano que às tantas se saía com esta : “pá, acho que tens de te drogar mais”

    1. pá, tenho para mim que qualquer gajo que começa as frases com pá, sabe o que diz

      1. que também os há a dizer “pá, tens que botar mais tabaco”…

        ;))))))))))))))))))))))))))))

  2. Agora a sério: olha que entre uma pessoa que começa frases com “pá” e um psicólogo empedernido, vá, digamos que um psicólogo anal, bastante preso, pá, prefiro o primeiro.

    1. pá, agora tenho que ficar o resto da noite com a imagem dum psicólogo anal na cabeça?

      1. Tenta visualizar o Quintino Aires, pode ser que ajude, sempre é menos subjectivo…

        1. pá, pá, pá, mas eu fiz-te algum mal, para me fazeres estas coisas? até sintonizo as tuas escolhas musicais!
          😀

  3. Desculpem palpitar na conversa alheia, mas um psicólogo anal não se aguenta:)))

    1. ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah

    2. (pá) Ana é melhor palpitares, e não só por teres conhecimentos na área da psicologia, mas também porque senão não se aprende aqui nada (neste blogue não admira… 🙂

      1. olha que isso vira uma formalidade enjoada 🙂 o conhecimento de causa só serve para confirmar a conversa de vocês e dar umas boas risadas… ?

        1. rir alto a olhar para um computador, que é o que estou a fazer, também fica meio estranho 😀

          ganhei uma coisa entretanto, vou pôr um selo bem ali em cima dizendo “Certified by Ana” 🙂

    3. o lado bom, é que cada vez que passo aqui rio-me 😀

  4. Temperamentos anais?… Nunca tinha ouvido. Não sei se se costuma dizer ou se inventaste 😉
    Pus no google e eis a primeira resposta: http://www.esocite.org.br/eventos/tecsoc2011/cd-anais/arquivos/pdfs/artigos/gt002-aalegoria.pdf
    Apenas tem temperamento sanguíneo (ar), colérico (fogo), melancólico (terra) e fleumático (água).

    E é curioso esses temperamentos pertencerem aos picuinhas.

    (Também pensei nisto: picuinhas é negativo; meticuloso não, pelo menos em regra.)

    1. Por acaso, acontece-me. Coisas que acho que ‘sei’ por ter visto, lido ou acontecido
      e depois como não encontro em sitio nenhum concluo que só posso ter imaginado

      mas neste caso não, pq entretanto tb fui confirmar, mas encontra-se mais como carácter anal
      https://www.taringa.net/+ciencia_educacion/las-personas-con-caracter-anal_i6ima
      dão um bom exemplo, a Monica dos “Friends”

      e usa-se quando alguém é extremamente insistente ou obsessivo, diz-se-lhe “não sejas anal”
      quando se tem oportunidade de dizer isso a alguém, não se deve desperdiçar 😀

      1. Não fazia ideia que se dizia / existia tal expressão… nunca tinha ouvido algo aproximado.
        Talvez seja linguagem mais usada entre homens, não é?

        1. É um termo da psicologia freudiana, e portanto pode ser e é usado por homens e mulheres.

          Claro que dá azo a brincadeiras, tal como o meu post inicial foi uma brincadeira 🙂 mas mesmo assim não tem que ser mais usado por homens
          já lá vai o tempo em que só os homens podiam brincar, não é?

          1. Não me referia a só poder ser usado pelos homens ou só eles poderem fazer certas brincadeiras e conversa desse tipo, mas sim ao que acontece mais, tendências, e às diferenças entre um lado e outro.

            (No geral, sem relacionar com esta expressão)
            Há linguagem que é mais usada entre homens e outra entre mulheres; e que quando passa de uma ala para outra fica esquisito, tanto na boca de quem diz como soa esquisito a quem recebe. Não assenta bem por não atinar com a “delicadeza” e a “sedução” que é esperada nessa ligação.
            Mais outra coisa: dizer aqui ou noutro lugar por escrito é bem diferente (ou pode ser), de o fazer ao vivo, na conversa cara a cara, e pensei mais nessas situações.

            (Gosto muito, muitíssimo mesmo, das diferenças de estar, atitudes, que existem entre homens e mulheres porque estão associadas a características mais fundas de cada parte. Por isso costumo estar atenta em apanhá-las, fazê-las notar, falar delas, não me desfazer delas.)

            1. Se podendo, na verdade não o fazem? Não sei. Eu tenho mais cuidado nestas brincadeiras com uma mulher (que não conheça bem) do que um homem, mas só por causa da diferença de sexo. Não por pensar que as mulheres sejam de uma forma geral mais puritanas que os homens.
              Provavelmente não o podem expressar tão livremente como os homens, porque isso ainda tem uma carga negativa grande.

              1. Mas é mesmo pela diferença de sexo, julgo, e não por puritanismo, ou menos por puritanismo.

                (Percebe-se bem, e detesto dar conta disso como ‘toda a gente sabe’, quando percebo que uma mulher está a usar outra linguagem ou a adoptar atitudes que não são dela, tendencialmente masculinas, numa presunção de que ganha terreno na igualdade, o que é ao mesmo tempo fácil e nada bom.)

                1. Explicando-me melhor o queria dizer é por ser inter-sexos e não por ser homem ou mulher.
                  Uma mulher também falará de maneira diferente com uma pessoa do mesmo sexo, do que com um homem

    1. pois tens razão, é a descrição mais completa e assim encontram-se inúmeras referências na net

  5. e no final disto, o mais engraçado é que acho que a minha ‘piada’ não se percebe 😀

      1. pois, não sei, e não me atrevi a perguntar 😀

        1. e juro que gostava de fazer uma pesquisa sobre o assunto 🙂

  6. Por vezes, penso que naturalizamos certas diferenças entre homens e mulheres e esquecemos que são construídas culturalmente…

    1. Tens razão, a grande maioria, sim. Agora puseste-me a pensar noutra coisa. Como se formaram essas construções, qual a origem?
      Não foi alguém que decidiu um belo dia pela manhã, a partir de hoje as mulheres vão passar a comportar-se assim, e os homens assado.

      1. boa pergunta 🙂 tão impossível achar a origem que é mais fácil dizer que foi sempre assim.

        1. é a minha sina, tenho sempre melhores perguntas que respostas 🙂

          fiquei mesmo curioso, quando tiver um bocado vou tentar descobrir alguma coisa

          1. Hehehehe…. penso que a religião contribuiu muito para isso, lá desde adão e eva, e foi excluindo o feminino como algo sombrio…

            1. Pode querer dizer que é anterior à religião. Lembrei-me que já nos desenhos o homem das cavernas leva as mulheres pelos cabelos, mas como são desenhos feitos agora, só são reveladores do pensamento actual.

              Pode-se pensar que tudo deriva da força física, e que o homem usou isso para dominar, e mesmo que agora não tenha tanto importância, deixou um lastro que é difícil de largar.

              1. O pior de tudo neste patriarcado do pensamento em que vivemos foi ter igualado o feminino à mulher e o masculino ao homem, como se não tivéssemos ambos aspectos em nós

                1. bem visto, e assumir alguns desses aspectos nem sempre é fácil

  7. Creio que também se tem assistido à tendência para omitir o que é da natureza e tem influência significativa no comportamento e nessa construção.

    Por exemplo, os homens têm mais força física do que as mulheres, e estas são dotadas de maior flexibilidade.
    Estas são duas das características da natureza que fazem com que uns e outros sejam “naturalmente” melhores em certos trabalhos (sem terem que fazer um esforço extra), e ainda condicionam outros comportamentos do viver em sociedade. (Por exemplo, é normal que um homem se ofereça para carregar a mala de viagem de uma mulher e o inverso já não. Achei graça que a última vez que me aconteceu com um desconhecido, primeiro ele perguntou se podia ajudar. Quando comentei isto com um amigo, disse-me “pois, um gajo agora não sabe bem como deve agir nessas coisas, com as mulheres… às vezes levam a mal; as cenas da igualdade e isso”. É verdade.)

    1. E para mim a grande fragilidade do movimento feminista e da igualdade de sexos é não reconhecer isso.

      Por exemplo o facto da ser a mulher a ter filhos é o grande desequilibrador no mercado de trabalho. Por mais leis que façam proibir essa descriminação, é muito fácil ao empregador arranjar outra justificação, para os despedimentos ou promoções.

      É esse facto que as mulheres devem enfrentar arranjar solução. Um mulher na gravidez não está durante vários meses, e depois disso por causa dos filhos é ela que muitas vezes tem que faltar. A maior dos patrões, olham é para o lucro da empresa friamente. Se um homem faltar muito é despedido porque afecta a empresa.
      E uma mulher também, mesmo que seja um motivo mais que justificado.

      1. Costumo dizer que é muito fácil ganhar terreno, lugar, através da apropriação do que é do outro e da anulação do que diferencia. Assim dito de maneira rápida e sem que aquela “apropriação” tenha a carga de posse.
        Mais difícil ou trabalhoso, mas também com mais sustentação, é ganhar terreno através da construção do lugar com as idiossincrasias próprias que advém das características de cada lado, com as diferenças.
        (Isto não é muito fácil de explicar aqui.)

        Um exemplo comezinho do que estou a dizer.
        Quando uma mulher vai trabalhar para um local maioritariamente masculino, a tendência é para usar calças mais vezes ou sempre. Conheço vários casos de mulheres novas que passaram a vestir-se assim, bem como a anular outros sinais que identificam o feminino. Quando me falam nisso, pergunto sempre o porquê. A resposta tem ‘sempre’ o “eles olham”, às vezes também tem o “percebe-se que reparam e dizem coisas” e outras vezes ainda “eu quero ser invisível para eles como mulher”.
        Mesmo que as razões delas sejam apenas pressupostos que só existem nas suas cabeças (muitas vezes devem ser), não apontam para nada de bom. Conquistar o lugar copiando e anulando-se; em vez de ganhar lugar através do que diferencia também.

        1. Ser mártir pela causa, não é coisa fácil. Porque se morre.

          Exemplo: nos inquéritos os homens aumentam o número de parceiros sexuais. As mulheres diminuem.
          Um homem que tenha andado com 500 mulheres é muito bom, se for mulher é uma vaca.

          Ok, imaginemos uma mulher de tomates 🙂 não quer saber de nada disso, do que olham, do que dizem, assume a sua postura, veste e diz e faz sem as ‘restrições’ de ser mulher.
          Acontece-lhe o que acontece a quem salta da trincheira à frente. E não é bonito para quem só tem uma vida.

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