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A feira é uma festa

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O livro mais vendido na Feira de Lisboa foi o Mein Kampf com noventa páginas de prefácio de Manuel S. Fonseca. Logo a seguir, o mais vendido foi o último romance de José Rodrigues dos Santos.

A CGD tem um buraco.
Eu tenho mais.

Há palavras que fervem

o medo mata quase tanto como a morte
Google: Não foram encontrados resultados para “o medo mata quase tanto como a morte”. (não pode ser…)

O que vestes, quando te despes?

uma palavra que seja, e está a mais

tenho sempre num bolso um agrafador, e no outro um desagrafador
mas são bolsos onde cabem as duas mãos
ou mais

5 comments

  1. Sobre a feira, nem sei o que escrever.
    Quando me dispo, visto-me de transparência.

  2. – não escrevas, que isso é que não falta lá

    – é melhor não

  3. 🙂

  4. Palavras que fervem? Por exemplo as do Vasco Graça Moura, em “Crónica Feminina”. Ei-las:

    Crónica Feminina

    estava nua, só um colar lhe dava
    horizontes de incêndio sobre o peito,
    a transmutar, num halo insatisfeito,
    a rosa de rubis em quente lava.

    estava nua e branca num estreito
    lençol que o fim do sono desdobrava
    e a noite era mais livre e a lua escrava
    e o mais breve pretérito imperfeito

    só o tempo verbal lhe fugiria,
    no alongar dos gestos e requebros,
    junto do espelho quando as aves vão.

    toda a nudez, toda a nudez, toda a melancolia
    a dor no mundo, a deslembrança, a febre, os
    olhos rasos de água e solidão

    Vasco Graça Moura

    __________________

    O medo quando mata é a morte.
    Não há o matar tanto, o matar mais ou o matar menos.
    O medo mata muitas vezes na invisibilidade.

    ___________________

    Quando me dispo fico vestida de mim. É por isso que ando sempre nua.

    __________________

    Nem sempre se consegue entender quando as palavras escasseiam ou sobejam.

  5. Quando está dito e assim, o melhor és estar calado e deixar marinar

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