Se alguma vez, nos salões de um palacio, sobre a erva de uma vala ou na solidão morna do vosso quarto, acordardes de uma embriaguez evanescente ou desaparecida, perguntai ao vento, a vaga, ao passaro, ao relogio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento a vaga, a estrela, o passaro, o relogio, vos responderão: São horas de vos embriagardes! Para não serdes escravos martirizados do tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem cessar!
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha. Mas embriagai-vos! Deslumbrai-vos!
O que o gajo queria dizer, e disse bem, é ama, goza cada coisa, apaixona-te, vive, sente, põe a porra do coração a mexer.
É tão bom. Desculpem a falta de estilo. Quero lá saber se canto desafinado.
Canto. É o que importa.
Quiseram dizer isso mesmo “ama, goza cada coisa, apaixona-te, vive, sente, põe a porra do coração a mexer”. Confesso que gostei imenso do texto.
Uma boa semana.
Um beijo.
A parte bonita do texto é dum gajo que sabe como dizer estas coisas, a parte menos bonita é dum gajo que se limita a sentir estas coisas 😉
Bom tudo para ti também, Graça
Um gajo platónico, portanto.
Quando se desfruta, desfruta-se a fruta da fruta que passa.
(ia escrever do vento que passa, mas para fruta, fruta e meia 🙂