Estou pr’aqui há não sei quanto tempo a pensar.
sabes que sou de extremos, não gosto de pouco, quero muito.
Agora a sério, não sei responder, talvez seja por não conseguir pensar, mas não tenho certeza de que seja por isso.
pessoalmente, interessa-me a qualidade e não a quantidade.
No entanto, na leitura quanto mais qualidade existe no que leio mais quero ler, ou na música, ou nas artes.
Na vida, tenho-me interessado principalmente pelas pessoas, pelo que pensam, sentem, pela coerência, pela honestidade intelectual, por esta levar a a qualquer outra honestidade.
E não, não dizer pelo o amor, que é importante, mas não me interessa isoladamente.
Se isto é muito de pouco, ou pouco de muito não faço a mínima ideia.
Gostava e ouvir/ler a Isabel Pires, sobre esta pergunta.
E de quem é a frase? porque conheço-a, penso, e passei sempre à frente, porque me apetece responder que nem uma coisa, nem outra.
A primeira vez que passei por aqui, sorri.
Dois motivos.
O meu cardápio de dúvidas que vou registando por aí, e que durante um certo tempo até obedeceram a numeração lá na praia. Depois já eram muitas e deixei de as contar. (Não estou a querer dizer que sou inteligente; isso é outra conversa.)
Outra razão foi aquela parte fofinha do quadro, que apetecia tocar e que de certa forma é um elemento quente, com coração (lembrei-me de alma, mas aqui é mais coração), em oposição à arrumação proposta por Russell, a remeter para assuntos complexos e a uma certa escalpelização.
A falta de questionamento e de sentido critico, talvez não seja o único problema do mundo, mas seguramente que é um dos que estão na origem de muitos conflitos de natureza religiosa e política. Porque a dúvida faz mais caminho para a tolerância e pela tolerância do que a certeza.
Se não existisse dúvida, as ciências, a tecnologia, não avançavam.
O que é dado como verdade inquestionável não avança.
E no domínio pessoal?
Também é o questionamento que nos faz avançar e a insatisfação que lhe está associada que pode levar-nos a tornarmo-nos melhores.
Mas…
O sentido critico, a dúvida, não é também aquela coisa que nos cria angústia, anda ali a brigar connosco para nos passarmos para o lado dos infelizes?
Também na relação com os outros, o sentido critico não é muitas vezes o gerador de conflitos?
Por isso estou agora a pensar mais que não nos basta ter sentido critico, também é preciso que o usemos com habilidade.
___________________
Se é melhor muito de pouco, ou pouco de muito?
A tentação seria responder que o que interessa mais é a qualidade, “pouco mas bom”, que é o que se costuma ouvir.
Mas ali não está o bom/mau. Talvez propositadamente. Aquele muito e aquele pouco são noções quantitativas, pois, não está ali o qualitativo. Pode-se é presumir que o muito é o bom, bom como algo que ultrapassou o patamar do razoável; sendo o pouco, o razoável ou abaixo dele.
Não, não fiz o exercício como se de uma brincadeira se tratasse. Foi mesmo para perceber se chegava mais luz e se conseguia encontrar ali uma lógica.
Partindo daquela associação de “pouco/muito” a “razoável/bom (ou muito bom)” e os seus inversos, diria que depende do que esteja em jogo e das circunstâncias, que escolho muito de pouco ou o seu inverso, e não respondo necessariamente sempre ou muitas vezes ter preferência por pouco de muito quando se trata do emocional e do afectivo. Até porque o pouco e o muito não são estanques em termos do universo de quantidade que expressam.
Para já é isto.
Tenho dúvidas se me expliquei bem.
(Parece-me que isto já foi arranjado, que já existe papel à vontade para se escrever.)
Vim para responder e encontro a Isabel. Boa 🙂
Ia responder o que óbvio, muito de pouco, só que não sou assim. Sei muito de muito poucas coisas e sei muito pouco de muito.
Para me qualificar, diria que sou generalista. Sei fazer quase tudo e sei raciocinar sobre qualquer coisa que desconheça e digo ‘coisas’ por não serem só assuntos.
E claro, tenho dúvidas sobre quase tudo, penso que por feitio questiono tudo.
Parece que não é agradável para a maioria das pessoas.
Não sei se será tão simplista, mas tenho mais dúvidas do que certezas, que são poucas
Que azar!
Ou será sorte?
É sorte com certeza, ou nem uma coisa ou outra. É maneira de estar, felizmente 🙂
Não fiquei convencido… uma mais fácil então
É melhor muito de pouco, ou pouco de muito?
🙂
Estou pr’aqui há não sei quanto tempo a pensar.
sabes que sou de extremos, não gosto de pouco, quero muito.
Agora a sério, não sei responder, talvez seja por não conseguir pensar, mas não tenho certeza de que seja por isso.
pessoalmente, interessa-me a qualidade e não a quantidade.
No entanto, na leitura quanto mais qualidade existe no que leio mais quero ler, ou na música, ou nas artes.
…e continua esta porcaria de pôr aos bocadinhos
Na vida, tenho-me interessado principalmente pelas pessoas, pelo que pensam, sentem, pela coerência, pela honestidade intelectual, por esta levar a a qualquer outra honestidade.
E não, não dizer pelo o amor, que é importante, mas não me interessa isoladamente.
Se isto é muito de pouco, ou pouco de muito não faço a mínima ideia.
Gostava e ouvir/ler a Isabel Pires, sobre esta pergunta.
E de quem é a frase? porque conheço-a, penso, e passei sempre à frente, porque me apetece responder que nem uma coisa, nem outra.
A frase é do senhor do titulo, e pronto ficamos então à espera da Isabel 🙂
A primeira vez que passei por aqui, sorri.
Dois motivos.
O meu cardápio de dúvidas que vou registando por aí, e que durante um certo tempo até obedeceram a numeração lá na praia. Depois já eram muitas e deixei de as contar. (Não estou a querer dizer que sou inteligente; isso é outra conversa.)
Outra razão foi aquela parte fofinha do quadro, que apetecia tocar e que de certa forma é um elemento quente, com coração (lembrei-me de alma, mas aqui é mais coração), em oposição à arrumação proposta por Russell, a remeter para assuntos complexos e a uma certa escalpelização.
A falta de questionamento e de sentido critico, talvez não seja o único problema do mundo, mas seguramente que é um dos que estão na origem de muitos conflitos de natureza religiosa e política. Porque a dúvida faz mais caminho para a tolerância e pela tolerância do que a certeza.
Se não existisse dúvida, as ciências, a tecnologia, não avançavam.
O que é dado como verdade inquestionável não avança.
E no domínio pessoal?
Também é o questionamento que nos faz avançar e a insatisfação que lhe está associada que pode levar-nos a tornarmo-nos melhores.
Mas…
O sentido critico, a dúvida, não é também aquela coisa que nos cria angústia, anda ali a brigar connosco para nos passarmos para o lado dos infelizes?
Também na relação com os outros, o sentido critico não é muitas vezes o gerador de conflitos?
Por isso estou agora a pensar mais que não nos basta ter sentido critico, também é preciso que o usemos com habilidade.
___________________
Se é melhor muito de pouco, ou pouco de muito?
A tentação seria responder que o que interessa mais é a qualidade, “pouco mas bom”, que é o que se costuma ouvir.
Mas ali não está o bom/mau. Talvez propositadamente. Aquele muito e aquele pouco são noções quantitativas, pois, não está ali o qualitativo. Pode-se é presumir que o muito é o bom, bom como algo que ultrapassou o patamar do razoável; sendo o pouco, o razoável ou abaixo dele.
Não, não fiz o exercício como se de uma brincadeira se tratasse. Foi mesmo para perceber se chegava mais luz e se conseguia encontrar ali uma lógica.
Partindo daquela associação de “pouco/muito” a “razoável/bom (ou muito bom)” e os seus inversos, diria que depende do que esteja em jogo e das circunstâncias, que escolho muito de pouco ou o seu inverso, e não respondo necessariamente sempre ou muitas vezes ter preferência por pouco de muito quando se trata do emocional e do afectivo. Até porque o pouco e o muito não são estanques em termos do universo de quantidade que expressam.
Para já é isto.
Tenho dúvidas se me expliquei bem.
(Parece-me que isto já foi arranjado, que já existe papel à vontade para se escrever.)
Vim para responder e encontro a Isabel. Boa 🙂
Ia responder o que óbvio, muito de pouco, só que não sou assim. Sei muito de muito poucas coisas e sei muito pouco de muito.
Para me qualificar, diria que sou generalista. Sei fazer quase tudo e sei raciocinar sobre qualquer coisa que desconheça e digo ‘coisas’ por não serem só assuntos.
E claro, tenho dúvidas sobre quase tudo, penso que por feitio questiono tudo.
Parece que não é agradável para a maioria das pessoas.