Não há mar que me assuste
nem fogo que me queime
O tédio acumula-se
os prédios acumulam-se
dias feitos com passado
Não há mar não há chão
Só dias acumulados como prédios
sem sustos nem mar
Dias nascidos feitos cinza
flores de pó
dor, leva-me daqui
faz-me chão
assusta-me ou ama-me
Olha que giro! Estava eu aqui num braço de ferro com a Página Inicial que continua a fugir ali pra baixo e li de relance este teu poema.
No outro dia também escrevi um que tinha um verso quase igual a um que escreveste: «Não há mar não há chão» – eu escrevi: «não há espaço, não há chão».
Garanto-te que não te estava a copiar. Deve ser porque «great minds think alike» ou «não há grandes diferenças entre os totós». 😀
De qualquer das formas, achei graça à semelhança. Agora vou ali ver se apanho a desgraçada da Página Inicial…