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O que é progresso?

Seguir em frente é bom?

Temos uma tendência a juntar os pontos. A estabelecer relações entre as coisas. Quando vemos uma coisa, vem-nos à cabeça coisas ou situações semelhantes. Isso é uma das falhas dos sentidos, porque nos leva a ver coisas que não estão lá.
A associação de ideias leva-nos a ver primeiro as semelhanças. E daí tudo me parecer igual.

No verão está calor, é claro que vai haver incêndios. Porque é isso noticia?
No inverno vai chover, é claro que vai haver inundações. Porque é isso noticia?

Há coisas que não valem a pena escrever, mas que tenho vontade de dizer sem que ninguém as queira ouvir. Que lhes faço?

Li duas coisas, para o subconsciente a imaginação e a realidade são a mesma coisa. Se de repente pensar que estou a cair ou que estou morrer, apanho um cagaço do caraças. Mesmo que não esteja a cair nem a morrer. A realidade não conta necessariamente para o que se sente. Era porreiro atingir a felicidade por aí. Pelo lado do sentimento, marimbando-me para a realidade.

Relacionado com isto, dum comentário que fiz há bocado
cada dia que passa em convenço mais que há um eu que não é deste mundo e um outro que é
e aquele em que sou mesmo eu, é o que não é daqui
por isso, que se foda o mundo
de mim só o imprescindível ou o inevitável

hhmm que mais? Ontem vi um documentário interessante sobre a serra pelada. A serra dos garimpeiros que a maioria de nós conhece pelas fotografias do sebastião salgado. Gosto do brasil.

Fim de ano em Ferragudo

Tenho visto várias maneiras criativas do governo arranjar dinheiro para gastar mal.
A última é sortear carros e outros prémios entre quem pague impostos. Perdoar quem não paga, já é usado há muito tempo.
A minha ideia era sortear a liberdade. Os presos compravam rifas, e quem ganhasse era libertado. A receita ia para as férias e amantes dos ministros.

Enquanto estou a escrever isto, estou a ver um filme. Vi agora um pedaço que está mesmo muito muito bom. Vou ver se consigo meter no iutubi e aqui.

A economia não é uma ciência. Querem fazer-nos crer que é, para justificar o que fazem, mas não é.

5 comments

  1. Lembrei-me de uma coisa que pode explicar o porquê das notícias.

    Creio que gostamos, enquanto seres humanos, de acreditar que conseguimos o equilíbrio das coisas, de viver no que não nos perturba.

    Repara como as pessoas se queixam do muito calor no verão e do muito frio ou chuva no inverno. É como os incêndios e as inundações. Perturbam – todos eles: muito calor, muito frio, muita chuva, incêndios e inundações – o equilíbrio.

    As notícias não fazem mais do que dar conta dessa estupefacção.

    Se me lembrar de mais alguma coisa sobre o resto do post, venho cá dizer de minha justiça.

  2. Concordo contigo por razões diferentes. É um bocado o síndrome da fila ao lado. Anda sempre mais que a nossa.
    Fazemos o mesmo em relação às estações e aos políticos. Reclamamos com o que temos, e queremos mudar para ficar melhor. Ainda que se seja a mesma coisa.

    E chamo cusquice à estupefação. A malta gosta de ver. Se houver um acidente em que um porta fique amolgada, há sempre quem pare para ficar a olhar para a porta amolgada.

    Se não se puder ver ninguém liga. Por isso nos incêndios e inundações há sempre directos e imagens. Mesmo que o fogo e água seja igual a todos os outros fogos e águas.
    Se for o pivot a dizer do estúdio que há uma inundação em sacavém, ninguém liga.

  3. “Há coisas que não valem a pena escrever, mas que tenho vontade de dizer sem que ninguém as queira ouvir. Que lhes faço?”

    Fazes isto. Um post bom.

  4. Ou esqueço-me o que não é muito diferente e dá menos trabalho

    Vê o filminho, que ainda me deu algum trabalho a cortar aquilo do filme e por isso agora têm que levar com ele 🙂

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