Os beijos que me deste e não senti
Quero morrer desses beijos
Quero morrer desses beijos
declaram findos os lírios em sangue
Dá-se início aos jasmins e amores perfeitos
Aqui canta-se.
fez-se um chão enorme no silêncio do corpo
um chão fundo de flores e campas
seco
pequenos espaços em ruínas
e de repente…
um sorriso
nos lábios nasce uma palavra fresca
a pureza do dia em que se morre.
Conta-me as palavras que me dizias
antes de nos conhecermos
conta-me o que dizias
quando as palavras eram mudas
encosta a cabeça na minha mão
e conta-me.
para um novo dia
Para ti.
do acto de amar
lento e só
um amar e desamar
um sofrer sem o saber
esse rumor que te dou
na urgência do beijo
quando visitam as minhas manhãs
uma rosa cresceu a meus pés
como uma brisa
ouvi-a de olhos lentos
e dormi com o sorriso que ela me deu
e caio sobre ti como algo imenso.