Aqui há dias vi na primeira página de um jornal “O mundo inteiro já viu as cuecas de Letizia. Veja você também!”
Pensei com os meus botões: mais um marco no jornalismo portugês. Incansáveis, procuram sempre formas de atingir níveis de profissionalismo e de audiências nunca antes alcançados. Cada dia tenho mais vontade de comprar jornais. Lembrei-me dos tempos em que o “Crime” era um jornal marginalizado porque só publicava noticias da mulher que batia no marido, do fulano que matou à facada o sogro, esse tipo de coisas. O resto dos jornais falavam de politica, de guerras, das cenas que lixam ou matam milhares e não só a mariazinha da esquina.
Agora ao propor-me escrever este pequeno devaneio, pretendia ilustrá-lo com as ditas cuecas. Já que todo o mundo viu, caso não tenhas visto, não queria que fosses para a cama dormir com a ansiedade de ser o único a não ter visto o tecido intimo da letizia.
O curioso é que é quase impossivel encontrar a foto. Na internet que tem tudo (e ainda mais tratando-se de cuecas!!!) não encontrei.
E pus-me a imaginar com os meu botões o adido de imprensa espanhol a telefonar para os jornais, para os ISP, etc. E não é que resulta? A google não filtra os conteúdos que vão para a china?
E pus-me a pensar com os meus botões: Isto é o que me chega e que sei que não chega aos outros. E o que filtram antes de chegar a mim? Nunca o saberei. Ah, admirável mundo novo. Quero o mundo velho.