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Desenrascanço

Sonho com tudo de tudo

Entretanto chupo tudo de tudo
o que há em cada bocadinho de nada

 

E é isto tudo. Nós.

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Tentei comentar um blog do sapo. Aquilo/Aquele insiste que devo ter um blogue no sapo ou dar-lhe uma conta do fb. Azar.
Mas como já estava escrito fica aqui o comentário 🙂

Perdoar é tudo o que não se deve fazer
abomino até a palavra, quando alguém está em posição de perdoar outro, não é bom para nenhum dos dois

sonho com um mundo sem essa palavra no dicionário

porra, metade das vezes que vejo este video fico com vontade de chorar

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Sentido desúnico

Oh, I wasted all this time with a deadend mind

MadrugadaA Deadend Mind

 

há quem se diga lúcido,
sem sequer conhecer o mar

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Pirilau

Estou aqui deitado a pensar. Tanto tempo que passa fechado e amarfanhado.
Sempre que estou em público, escondo-o. Será que pensa que tenho vergonha dele?

Extensão matinal

If you want me I'll be in the bar
Enlightened by the devil

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Somos livres

O Damien cantava esta musica depois dos concertos. Dos vídeos que vi este é o que mais me toca. Nota-se que todos os que ali estão, estão no mesmo 'lugar'. E aqui, 4 anos depois, a milhares de quilómetros de distância sinto um pouco daquele sentimento.

Do outro lado, está esta versão https://www.youtube.com/watch?v=MdWgoqjpdkw estéril, insípida, uma fulana lá atrás só quer saber do telemóvel, alminha nenhuma. Até o Damien canta pior, naturalmente. Uma asa precisa de uma asa para voar.

 

 

Do you come, Together ever with him?
Is he dark enough, Enough to see your light?

 

Damien RiceAccidental Babies

 

Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.

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Quem foi o Jorge Afonso?

No fim do almoço vieram oferecer-me um moscatel. Como sabe esta gente que sou de Setúbal?
Não nasci nem vivo lá, mas sou de lá. Na verdade sou de muitos sítios, como as raízes de uma árvore. Mas a raiz mais forte é de lá.

Amar é fácil. É o meu estado natural. Amar o que a cada momento ame de volta já necessita de um qualquer encontro astral.

Nenhum de nós é racista certo? Então porque é que os casamentos inter-raciais são raros? As raças existem? E é assim tão mau gostar mais de uma raça do que de outra? Vejo qualidades em tudo mas nada é igual. Donde veio isto de sermos iguais? Não somos.
Ah e tal, o mal está nos preconceitos. Julgar injustamente, sem avaliar objectivamente em função dos méritos da pessoa em si. Talvez, mas esta conversa não vai dar a lado nenhum.

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Tesourinho animante

Fez-me rir, pôs-me a cabeça a andar à roda, e quando acabou desejei que tivesse mais três horas de filme.
São tão os raros os filmes que não têm pretensões de ensinar nada, mas que nos ajudam a perceber tudo.

Voltei ao principio. Quero ficar mais um bocado neste filme.

And even the horses had wings

Let's Get A Little Sentimental

Stabat Mater

Ode to a screw

Como fumar um parampo - Lição 1

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Escorrimentos dum fim de tarde ao sol

A relação que temos com a terra não pode ser de amizade. A roupa e os sapatos servem para nos isolar do chão e ar que incomodam. Se gosto não quero trapos no meio. No que escolho é para estar sem nada.

Sei que toda a gente sonha. Se sonharem como eu sonho (que não é demais) como cabem esses sonhos todos dentro do mundo?

Abomino as relações virtuais com gente que se finge conhecer.

A amplitude do balançar dos braços tem a ver com amplitude do andar? Ontem vi uma mulher que não mexia os braços. É que ela mesmo assim, andava. Muito estranho.

Quero estar ao sol. Mesmo que não faça porra nenhuma, é melhor estar ao sol.

Há as coisas que percebo, há as coisas que não percebo e há as coisas que não quero perceber. Dizem que no meio é que está a virtude. No meio ...

Entre ser a rainha da Roménia e a doninha da Doménia vou para casa da Laura.

De manhã nasço. À noite o meu epitáfio diz sempre o mesmo "Até amanhã".

Hoje fiz algumas coisas pela primeira vez este ano. Mesmo sem querer pensei se seria tarde ou cedo.
Alguém inventou os meses e os anos, que só existem porque a gente lhes obedece como se fossem feitos de pedra.

Já um maluco ou outro se deve ter posto a contar os grão de areia que há na praia. Eu não conto porque não me serve para nada.
Há muitos malucos que todos os dias contam os dólares que há no banco. Eu não conto porque não me serve para nada.

Não há pretendente a poeta que não tenha escrito sobre a maravilha do mar e do sol. Então qual é problema do aquecimento global? É mais sol e mar. O que me chateia mesmo é o arrefecimento global.

Só gosto do que é grande dentro do que é pequeno. Do que se vê no que não se vê. As grandezas insufladas de ar são o tédio.

A UE já deve ter definido bem o que é uma unidade, não? Uma uva não pode ser do tamanho que quiser, sob pena de deixar de ser uva.
Já as casas podem variar mais. Os humanos são mais desmedidos que a natureza. E o amor? E o ódio? Quanto mais humano menos tamanho tem.

Haverá outra espécie animal que viva em sociedade com tanto cuidado para não se tocarem entre si?
Na praia a toalha tenta-se que fique o mais afastado possível de todos as outras. No metro, na rua, no trabalho o toque não é coisa bem vista. Mas consta que somos um animal social.

Tenho o rantanplan à minha frente. Passou-lhe um saco por cima. O saco seguiu e quando já ia a perder de vista o rantanplan levantou devagar a cabeça para ver o que se passava.

O ícaro era mesmo burro. Não se estava mesmo a ver. Se já daqui arde como arde...

Nunca fiz um cruzeiro. Por vezes quase que me deixo convencer. Depois vejo passar estas cidades sobre águas. Milhares de janelinhas aritmeticamente alinhadas. Buracos para humanos. Isto não é o mar.

Já repararam nos pombos a andar? São mesmo desengonçados. Ora se os pombos são o símbolo da paz, será que estamos a dizer que a paz é desengonçada?

As flores, sejam de estufa ou não, precisam de estrume. Mas todos querem ser flor e poucos ser estrume.

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Abri o livro

na primeira folha tem uma dedicatória escrita no futuro

fala-me da claridade e de jasmins


AqualungGarden of Love

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