So I memorize the diamond in your eyes it shone so sweetly it cut through any lie I’m touching gold I’m colder still, I’m colder still So I memorize the diamond in your eyes
Oh, loneliness is a gun Loneliness is a gun The loudest silence in your day dying to meet you
Os apaches são tão sanguinários como os ocidentais. Mas mais puros. Orgulham-se da sua bravura.
Nós somos cruéis apesar dos escrúpulos. Afastamos a morte como afastamos a vida. Receamos e combatemos tudo o que é natural com as nossas máquinas, a nossa lógica, os nossos papéis e artifícios.
Several Species of Small Furry Animals Gathered Together in a Cave and Grooving with a Pict
Há uma categoria de autores, como o Jorge Palma, a que chamo os cantores do tu.
Cantam muito na segunda pessoa. Mas, claro que não é destinado a uma pessoa.
Se não sabe onde está a mãe ('Onde estás tu mamã'), a melhor maneira de saber não é gravar um disco na expectativa que ela talvez ouça passado um ano, e lhe responda.
Quando o Jorge Palma quer dizer algo a uma pessoa, chega ao pé dela e diz: Jaquim, tu assim e assim.
O tu escrito numa letra é para toda a gente e ninguém em particular.
Mas é da natureza humana juntar os pontos, fazer associações e até um coxo numa cadeira de rodas vai achar que "tu quando corres" é destinado a si, porque tem uma mente que corre. Desconfio que seja esse o truque dos cartomantes.
O tu tem algo de mágico, de ligação emocional. Quando o palma canta 'encosta-te a mim', fico com vontade de me ir encostar ao ombro. Eu e mais dois milhões de portugueses, vai ser um ombro concorrido 🙂
A coisa também funciona com o nós. 'A gente vai continuar/Enquanto houver estrada pra andar/Enquanto houver ventos e mar' é para mim, sou parte do nós, com ele estrada fora.
E agora a água tónica no gin, uma música do ele.
Gosto tanto tanto que em tempos fiz uma montagem, mesmo que não tenha ficado grande coisa.
Acabou-se a angústia dos seus passos em volta
Dum amor com que ele apenas sonhou
Pela primeira vez tinha o futuro nas mãos
Abriu a janela e voou
Pressinto a coisa da música. Porque a música tem que ter uma coisa.
A música muda-me. Muda-me por dentro e por fora.
Não sei se a explicação é física, metafisica ou cataclísmica.
Vinha lançado para brincar ás teorias, mas assim que carreguei na primeira tecla, percebi. A música tem uma coisa.