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Zeca no panteão

Este é o meu post mensal relacionado com o noticiário corrente.

A minha opinião é que merece mas não deve.

Não deve porque em vida sempre recusou honrarias e condecorações. O Zeca recusou-as em vida e a família recusou-as em morte. E bem.
Pediu para ser enterrado em campa rasa junto aos seus. E que não fizéssemos luto.

E merece pela dimensão do que era enquanto homem e de génio como músico. Na verdade merecia estar lá duas vezes.

Estou a escrever isto porque vim agora do café, e atrás de mim um miúdo pôs-se cantar: o que faz falta é animar a malta
Isto foi gravado em 1974, já lá vão 44 anos. Em 2062 alguma destas musicas vai ser cantada num café?
https://www.timeout.pt/lisboa/pt/musica/os-melhores-discos-portugueses-de-2017

Até o CDS-PP escolheu umas das suas músicas para a campanha.
Pensavam eles que era música tradicional portuguesa. O Zeca em vida já era uma tradição.
E nenhuma destas duas são das melhores músicas do Zeca.

Deixem-no estar ali a 100 metros do que era a minha janela.
Se lá voltar vou lembrar-me dele. E se não voltar, também.

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Quem é o Jefferson?

Jefferson AirplaneSomebody to love

Ou o meu gosto está fechado no tempo, ou a década de 65 a 75 foi genial. O resto é paisagem, com uma ou outra flor.

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Enquanto houver

Jorge PalmaA gente vai continuar
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Fácil de entender

1.
Cheguei a casa.
Liguei a tv à procura de qualquer coisa. Que freak show é fazer zapping rápido por 200 canais.
Pior que os filmes de ficção cientifica apocalíptica. Quando foi o apocalipse, que não dei por isso?
Desliguei o fim do mundo e voltei ao principio.

2.
Pensei nu.
Não faço ideia de onde veio isto. Os apontamentos que faço são mais que desapontamentos, são surpresas.
Não tenho bolsos, nem sou sou suficientemente cool para ter moleskines e a tecnologia só me serve em momentos de desinspiração.
Uns dias atrás pensei em algo genialmente original (acho eu :). No dia seguinte não fazia a mínima ideia do que era.
Por isso hoje tomei nota no telefone. E lá está, choque frontal com os cliques e backspaces e sei lá que mais.
Não faço ideia do que queria apontar, porque se fosse pensar nu, sabia o que era.

Será que se voltar ao mesmo sitio à mesma hora me lembrava? O Jorge Palma diz que não, e eu só posso concordar.

3.
Lembrar é um pensamento repetido.

As repetições são impossíveis.
Mas sei bem o que quero outra vez, em diferente.

4.
por falar, falei

The GiftFácil de entender

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Descompreender

Há momentos em que descompreendo tudo.
Não percebo o que vejo todos os dias e não percebo o que nunca percebi.
Adoro esses momentos.

Não sei o que são as coisas, nem como são, nem o que são, tudo tão próximo que me aquece a alma.

O desafio é relacionar-me a cada minuto que passa com esse mundo geográfica e matematicamente inestético e compreensível.

Porque daí depende a minha descompreensão.

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