Gosto do sangue
sobre a pele.
sobre a pele.
Vi passar uma nuvem
corri para te apanhar
e pela primeira vez
andei sorrindo pelo céu
nos teus braços evaporados de branco
Podem fazer-me de tudo, mas se o fizerem com um sorriso, podem estar certos que até agradeço.
Palavra viva.
Quando morre o desejo, morremos também no que temos de melhor e de mais admirável.
Desejo-te.
Quem não se arrepia quando lhe dizem isto?
Ter desejos. Querer.
Que posso querer de melhor para ti e para mim, do que acordar todos os dias em manhãs plenas de desejos por coisas novas e frescas?
Quando ao acordar já não se deseja, vive-se para quê? Por inércia?
Como dizia o Sartre “Todo o existente nasce sem razão, prolonga-se por fraqueza e morre por encontro imprevisto”.
Não quero acreditar nisto, quero acreditar que vivo pelos momentos mágicos, pelas pessoas que nos deslumbram,
pela maravilha que há em nós se podermos e quisermos.
Quer. Deseja.
Gosto dos meus vícios. Preciso deles. Tenho-lhes afeição.
Sabem o que há entre um homem e o seu vício? Nada.
Dormimos com ele. Vivemos com ele. Respiramos com ele. Faz parte da pele. Faz parte de nós.
Não nos larga. Nunca. Senão não era um vício.
Qual é o meu vício? Fica para outra altura. Outro cigarro. Outro blog. Outra vida.
Não fumo.