Era uma vez um país governado por um ditador. Um dia o povo derrubou esse ditador.
Pensava-se que tudo estaria bem. Só que esse mesmo povo estragou tudo elegendo o partido errado.
Entrou em cena este senhor. Derrubou o governo eleito e ilegalizou o partido que ganhou todas as eleições pós-ditadura. Seguiu-se repressão forrada a prisão e sangue.
Aqui há dias no aniversário da queda da ditadura, a tropa matou 60 pessoas e feriu centenas. A imprensa mal falou nisso.
O salazar também tinha um grande apoio e ganhava eleições. E tal como este senhor também só deixava concorrer quem ele escolhia. Olhando para as noticias e para o apoio que o ocidente dá a este senhor, percebe-se o cheiro pestilento que a palavra democracia deita.
Discursa na ONU, é entrevistada e elogiada por todos os canais de tv
Nunca foi convidada para nada
Vive em hoteis e viaja pelo mundo
Não vive
Soundbites inconsequentes: Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo
Relevante e incómoda: Estou aqui porque todos os dias morrem 40 mil pessoas de fome. Temos que entender que os pobres estão à nossa volta e nós os ignoramos. Temos que entender que estas mortes podem ser evitadas. Temos que entender que as pessoas do 3º mundo pensam, importam-se, sorriem e choram tal como nós.
Temos uma tendência a juntar os pontos. A estabelecer relações entre as coisas. Quando vemos uma coisa, vem-nos à cabeça coisas ou situações semelhantes. Isso é uma das falhas dos sentidos, porque nos leva a ver coisas que não estão lá. A associação de ideias leva-nos a ver primeiro as semelhanças. E daí tudo me parecer igual.
No verão está calor, é claro que vai haver incêndios. Porque é isso noticia? No inverno vai chover, é claro que vai haver inundações. Porque é isso noticia?
Há coisas que não valem a pena escrever, mas que tenho vontade de dizer sem que ninguém as queira ouvir. Que lhes faço?
Li duas coisas, para o subconsciente a imaginação e a realidade são a mesma coisa. Se de repente pensar que estou a cair ou que estou morrer, apanho um cagaço do caraças. Mesmo que não esteja a cair nem a morrer. A realidade não conta necessariamente para o que se sente. Era porreiro atingir a felicidade por aí. Pelo lado do sentimento, marimbando-me para a realidade.
Relacionado com isto, dum comentário que fiz há bocado cada dia que passa em convenço mais que há um eu que não é deste mundo e um outro que é e aquele em que sou mesmo eu, é o que não é daqui por isso, que se foda o mundo de mim só o imprescindível ou o inevitável
hhmm que mais? Ontem vi um documentário interessante sobre a serra pelada. A serra dos garimpeiros que a maioria de nós conhece pelas fotografias do sebastião salgado. Gosto do brasil.
Fim de ano em Ferragudo
Tenho visto várias maneiras criativas do governo arranjar dinheiro para gastar mal. A última é sortear carros e outros prémios entre quem pague impostos. Perdoar quem não paga, já é usado há muito tempo. A minha ideia era sortear a liberdade. Os presos compravam rifas, e quem ganhasse era libertado. A receita ia para as férias e amantes dos ministros.
Enquanto estou a escrever isto, estou a ver um filme. Vi agora um pedaço que está mesmo muito muito bom. Vou ver se consigo meter no iutubi e aqui.
A economia não é uma ciência. Querem fazer-nos crer que é, para justificar o que fazem, mas não é.