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Surge a manhã de um novo ano

Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo.
e de copo na mão
esperas amanhecer.
O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles. .. e nenhum resolve.

Surge a manhã de um novo ano.

As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.

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A Escola com que Sempre Sonhei sem Imaginar que Pudesse Existir

Escolas por todo o mundo seguem um modelo. Um edificio com salas fechadas, onde um professor que é a autoridade da sala, passa informações aos alunos que as devem aprender.

Nos anos 70 surgiu um movimento que procurou inventar uma escola alternativa. Há cerca de 200 pelo mundo todo e uma em Portugal. A escola da Ponte. Quem a queira visitar é acompanhado por um aluno. É o primeiro sinal de que esta não é uma escola como as outras.

A escola da ponte não tem paredes internas a separar turmas por idade ou disciplinas. Agrupam-se por áreas de interesse independentemente da idade.
Não há filas de carteiras voltadas para um professor. Há mesas redondas com fontes de informação, livros, videos, internet.
Não se ensina as regras de cidadania, pratica-se. As regras e disciplina são debatidos em assembleias gerais de alunos e tutores.
Os planos de trabalho individuais e de grupo são feitos pelos próprios e acompanhados por um tutor.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_da_Ponte

https://educacaointegral.org.br/experiencias/escola-da-ponte-radicaliza-ideia-de-autonomia-dos-estudantes/

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Essência

Que é da essência do homem que não muda? A malta fala do progresso e tal.
Mas o homem, o que somos, não mudou nada.
Isto foi escrito há centenas de anos, mas podia ter sido escrito hoje.

Assim nos traz a mudança
De esperança em esperança
E de desejo em desejo.

Mas em vida tão escassa
Que esperança será forte?

Fraqueza da humana sorte,
Que quanto da vida passa
Está receitando a morte!

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